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Educação
| Em 7 meses atrás

Diretoria da Adufg-Sindicato defende fim da paralisação de professores da UFG

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A Adufg, sindicato que representa os docentes da Universidade Federal de Goiás (UFG), divulgou na noite de quinta-feira (23) em suas redes sociais uma nota em que defende o fim da greve dos professores. Pela manhã, houve tumulto e uma agressão física na assembleia da categoria. Os docentes vão decidir se aceitam a orientação sindical em votação eletrônica iniciada 17h de quinta, e que segue até 17h de sábado (25).

A nota informa que a nova proposta do Governo Federal apresentou avanços em relação ao reajuste salarial, por meio da reestruturação da carreira. De todo modo, o governo tinha encerrado as negociações. O fim do diálogo sobre as pautas ocorreu durante a 5ª Reunião da Mesa Específica e Temporária do Magistério Federal.

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O sindicato informou que, atendendo pedido de todas as organizações do setor, o governo marcou a assinatura do acordo para a segunda-feira (27), às 14 horas.

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Adufg defende fim da paralisação


“Diante disso e considerando a análise sobre o conteúdo da nova proposta e encaminhamentos do Conselho Deliberativo do Proifes-Federação, a Diretoria do Adufg Sindicato defende a aprovação da proposta, a assinatura do acordo e, portanto, o encerramento da greve de docentes da Universidade Federal de Goiás (UFG)”. Em seguida, a votação teve início.

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Sindicato cita o que a nova proposta do governo oferece:


1) Respeita nossa carreira, a exemplo da Dedicação Exclusiva (DE) e do sistema de progressões, por classes e níveis, com percentuais de progressão e steps (degraus indexadores de valorização do trabalho docente), respectivamente;

2) Cria uma Classe de Entrada, com a fusão das atuais classes iniciais (A e B do Magistério Superior e classes D I e D II do EBTT); classe essa que após o estágio probatório (3 anos) o/a docente irá para a Classe C/D III, a classe superior, tanto no MS quanto no EBTT. Isso favorece significativamente os/as novos/as docentes e os/as atuais professores/as em estágio probatório. Além disso, essas mudanças mantêm o tempo total de 19 anos para acesso ao topo da carreira, cujas progressões permitem atingir e permanecer mais tempo com valores salariais mais altos, proporcionando aos professores que entraram após 2013 a terem proventos maiores na aposentadoria;

Confusão e agressão

Sobre a confusão na assembleia, o professor de psicologia Guilherme Araújo Marques da Silva, divulgou uma nota na quinta em que confirma ter sido o autor e se desculpa pelo ocorrido.

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Sem citar nomes, ele conta uma versão indicando que houve um princípio de tumulto e que, ao se aproximar do local, teria sido agredido e revidou. “Ao me defender contra meu agressor, acabei atingindo outra pessoa”, explicou, reiterando o pedido de desculpas à vítima, familiares e à comunidade.  

A vítima foi o professor de Física, Hernani Damião, que ficou com um hematoma no rosto. Em entrevista ao jornal O Hoje na quinta, ele afirmou que grupos divergentes, que representam os docentes, discutiam na assembleia o fim ou não da paralisação. Foi quando um professor tomou o microfone dele. Ao tentar recuperar o microfone, pessoas ao redor separaram os envolvidos. De acordo com Hernani, foi nesse momento que Guilherme se aproximou e acertou o rosto dele. Hernani chamou o ato de “agressão covarde”

Ao  jornal ele disse que registrou um boletim de ocorrência e que vai abrir um processo criminal. Além disso, afirmou: “Também irei pedir a expulsão dele da universidade junto ao CONSUNI [Conselho Universitário da UFG]. Aí o CONSUNI que resolva”.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.