SÉRGIO RANGEL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Os diretores da CBF evitaram comentar a decisão da Fifa de banir Marco Polo Del Nero do futebol por 90 dias.
O diretor de Governança e Conformidade da CBF, André Megale, disse que não queria dar sua opinião sobre o assunto.
Investigado pelo FBI há mais de dois anos, Del Nero foi punido nesta sexta (15) pelo Comitê de Ética da Fifa.
Ele é acusado na Justiça dos EUA de participar de um esquema de recebimento de propina com cartolas da América do Sul.
José Maria Marin, seu antecessor, é julgado nos EUA por extorsão, fraude financeira e lavagem de dinheiro.
“A orientação nossa do compliance é não dar informações… A assessoria de comunicação vai fazer uma comunicação única e oficial”, disse o diretor de compliance [termo que designa regras de conformidade].
Na nota, a CBF se limitou a declarar que recebeu a decisão da Fifa e Antonio Carlos Nunes, o coronel Nunes, assumiu interinamente o cargo de Del Nero. Nunes é vice da CBF.
O diretor de competições da CBF, Manoel Flores, disse que o funcionamento da entidade continuaria normalmente, mas não quis dar a sua posição sobre o caso.
Ele também afirmou que a aassessoria comentaria o banimento do cartola
TRANSTORNO PASSAGEIRO
O coordenador de Futebol Feminino da CBF, Marco Aurélio Cunha, preferiu defender a gestão de Del Nero.
“Veja bem, a CBF é uma instituição com vida própria, funcionários exemplares, uma direção moderna, com o que há de melhor em termos de gestão profissional”, disse Cunha
“Não me cabe discutir, eu sou funcionário da CBF. Trabalho com o futebol feminino, que ele tem dado excelente contribuição, nunca ninguém fez isso. A minha expectativa é que isso seja um transtorno passageiro”, acrescentou.