Em reunião realizada nesta quinta-feira (30) no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff (PT) enumerou aos governadores de todos os estados brasileiros as causas que levaram à queda da arrecadação e à redução das receitas nos Estados e na União, como a queda no preço das commodities e o aumento do dólar, que impactaram os “preços e a inflação”.
“Tudo isso não é desculpa para ninguém: é o fato de nós, como governantes, não podemos nos dar ao luxo de não ver a realidade com olhos muito claros. Não podemos nos dar ao luxo de ignorar a realidade”, afirmou Dilma.
O objetivo, segundo a presidente, é colocar o Brasil na rota do crescimento e da geração de emprego. “Fomos obrigados, diante dos fatos, a promover o reequilívrio no Orçamento. Estamos fazendo esforço grande”, disse.
Ainda de acordo com a petista, o governo federal tem “todas as condições” de enfrentar as dificuldades e em um prazo mais curto “que alguns pensam”, para assistir à retomada da economia brasileira.
Além disso, a presidente ressaltou que é importante estabelecer parcerias, cooperações e enfrentar problemas juntos. “Queremos construir parcerias em novo ciclo de desenvolvimento”.
Em relação às conversas sobre impeachment, Dilma lembrou que ela e os governadores foram eleitos em um processo democrático e popular em 2014 e que todos vão governar até 2018. Também defendeu as medidas que vem adotando com objetivo de combater a crise econômica.
“Todos nós temos deveres em relação à democracia, ao voto democrático popular. Fomos eleitos na última e maior mobilização democrática e, nessas eleições, assuminos compromissos perante o país e nossos eleitores. Esses compromissos expressos no plano de governo dão um quadro que temos de desenvolver com todas as ações, iniciativas e projetos, realizando esses compromissos no horizonte, no marco e ao longo do nosso período de governo de quatro anos”, afirmou.