O ministro, que deve deixar o cargo no segundo mandato de Dilma, também disse que a atual gestão petista “avançou pouco” em demandas sociais, como a reforma agrária, e teve pouca “competência e clareza” para avançar na questão indígena.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho afirmou em entrevista divulgada ontem (10) pela BBC Brasil que o governo da presidente Dilma Rousseff “deixou de fazer da maneira tão intensa, como era feito no tempo do Lula”, o diálogo com os principais atores nas áreas da política e da economia.
O ministro, que deve deixar o cargo no segundo mandato de Dilma, também disse que a atual gestão petista “avançou pouco” em demandas sociais, como a reforma agrária, e teve pouca “competência e clareza” para avançar na questão indígena.
Carvalho afirmou ainda que uma parte da tarefa de fazer avançar as demandas sociais é da presidente e outra está no fortalecimento de alguns órgãos do governo federal, como o Incra na questão agrária, e a Funai, na questão indígena. “É ela (Dilma) que deve receber no gabinete as forças dos diversos setores da sociedade. Se o presidente pratica mais diálogo, induz o conjunto do governo a praticar”, afirmou o ministro, que tentou minimizar os escândalos de corrupção ligados à Petrobrás, maior estatal do País. Para ele, o governo teria que temer caso houvesse algum envolvimento de Dilma ou de Lula.
“Como a gente sabe que não tem, vamos administrar isso como fizemos outras vezes”, disse. Também na entrevista, Carvalho reconheceu que o País vive “uma crise energética que não é pequena”. O argumento foi usado a fim de justificar as ações do governo federal para garantir a continuidade das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.