Foto: Rafael Batista
Surpresa nas urnas, já que as pesquisas o apontavam com números bem mais baixos, o candidato do PSD a prefeitura de Goiânia, deputado estadual Francisco Júnior avalia que seu diferencial foi ser essencialmente propositivo. Após atingir votação próxima aos dois dígitos (9,3% dos válidos), superando a candidata da administração do prefeito Paulo Garcia (PT), Francisco Júniorjá foi procurado pelos candidatos que estão no segundo turno e afirma queiniciou as discussões para seu posicionamento. Confira:
Como avalia a campanha e os resultados obtidos nas urnas?
Francisco Jr.: Avalio de forma muito positiva. Fizemos uma campanha muito propositiva, de alto nível, com pouquíssimos recursos, pouco tempo de TV e estrutura. Fiquei muito satisfeito porque percebi que a população entendeu a nossa proposta, entendeu o conceito que estava apresentando e houve um crescimento na medida em que isto era reconhecido. Passei a campanha toda dizendo que tinha três tarefas: me apresentar, conquistar a confiança para o nosso projeto e depois pedir o voto. Foi muito positivo perceber que o eleitor compreendeu o que estava propondo, pena que não tivemos mais tempo para avançar. A campanha ia numa crescente e se nós tivéssemos mais tempo teríamos crescido mais.
A sua campanha foi diferente da dos demais candidatos. Foi propositiva, enquanto outros partiram para a crítica, para o ataque. O senhor acha que isso foi o diferencial?
O eleitor quer isso e mostrou nas urnas. Não dá mais para fazer campanha denegrindo o adversário. Nós temos que falar qual a disposição, o que queremos apresentar, o que vamos fazer e de que forma. Tem que ser assim. Fizemos o correto, que foi o diferencial e daqui pra frente acredito que será assim. Aos poucos o meio político vai entender que a transparência, a sinceridade, ser correto com o eleitor, é o melhor caminho.
Com relação ao segundo turno, qual seu posicionamento?
Nesse primeiro momento tenho que ouvir muito. Estou ouvindo a minha base, meus colegas de partido, os vereadores eleitos, os suplentes. Estou ouvindo também os outros dois candidatos que estão na disputa, o Vanderlan e o Iris. E depois disso vou tomar uma decisão procurando o máximo de coerência. Tenho que tomar uma decisão e ter responsabilidade com aqueles que acreditaram no nosso projeto. Vou indicar os motivos pelos quais irei optar por A ou por B, mas farei isso agindo com bom senso e coerência.
Isso significa que o senhor vai apoiar um dos dois candidatos? O senhor não vai ficar isento?
Não, acredito que como homem público não posso me isentar desse posicionamento. Não vou agradar todos os meus eleitores, mas eu tenho que dar transparência e mostrar com clareza a minha posição.
Em quê será baseada sua decisão?
Vou discutir o projeto, o nosso plano de governo, a visão que eles tem da cidade e a partir disso nós vamos fundamentar a decisão. O benefício para a cidade de Goiânia e para o goianiense tem que ser a principal discussão. Nós fizemos várias propostas durante a campanha e vamos conversar sobre elas com os candidatos para ver o que pode ser aproveitado daquilo que foi apresentado e que foi bem aceito pelo goianiense.