De acordo com reportagem do jornal espanhol “El Mundo”, Diego Costa, centroavante do Atlético de Madrid, é acusado de fraude fiscal de 400 mil euros (cerca de R$ 1,7 milhão) na Espanha. O valor seria referente aos direitos de imagem de um contrato com a Adidas assinado em 2014, durante a primeira passagem do brasileiro naturalizado espanhol pelo clube.
A Fazenda local teria descoberto que o valor do contrato seria superior ao informado pelo jogador. Pelo menos metade da quantia teria sido sonegada, e agora todas as declarações feitas pelo centroavante na Espanha serão cuidadosamente revisadas.
Ao fim da temporada 2013/2014, Diego se transferiu do Atlético para o Chelsea. Em outras palavras, passou a primeira metade de 2014 morando na Espanha, e a segunda morando na Inglaterra. Assim, a Fazenda espanhola entende que a primeira parte do contrato do jogador com a Adidas precisaria ter sido declarada no país.
Diego teria recebido a primeira parcela do contrato quando já morava na Inglaterra, mas por meio de sua conta em um banco espanhol. Por isso, a Fazenda entende que o valor denunciado, de 400 mil euros, deveria ter sido declarado no país.
Em contato com o “El Mundo”, o estafe do centroavante se defende dizendo acreditar que em 2014 Diego era residente fiscal da Inglaterra e que não teria a obrigação de pagar os valores exigidos.
Enquanto isso, a Fazenda estuda se tenta resolver a questão por meio de um processo administrativo ou criminal. O fato de não ter recebido o valor em paraísos fiscais e nem de ter usado mecanismos para esconder o dinheiro pesa a favor de Diego. Na interpretação das autoridades, o caso giraria em torno de uma diferença de interpretação, e não de um caso de má fé do jogador.