A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), em parceria com as secretarias municipais de Saúde, realiza no sábado, dia 1º de setembro, o segundo Dia D da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo. A ação, que será em todo o País, visa oferecer mais uma possibilidade para os pais ou responsáveis levarem as crianças que ainda não vacinaram às unidades de saúde em dia alternativo.
A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo começou em 6 de agosto e prossegue até esta sexta-feira, dia 31. Até as 13h50 desta terça-feira, dia 28, foram administradas em Goiás 277.966 doses contra a poliomielite, doença conhecida como paralisia infantil, o que indica uma cobertura vacinal de 76,23%. Já contra o sarampo (tríplice viral) foram aplicadas 274.315 doses, o que representa 75,23% de cobertura.
A campanha tem a meta de imunizar no mínimo 95% das crianças maiores de 1 ano e menores de 5 anos, o que representa 346.364 crianças, de um total de 364.626. Conforme os registros do MS, dos 246 municípios goianos, somente 47 (19,10%) conseguiram atingir a meta para poliomielite e 44 (17,88%) alcançaram a meta para o sarampo.
Embora ainda não tenha atingido a meta em todos os municípios, Goiás ocupa uma posição confortável em relação às outras unidades da federação. De acordo com os levantamentos do Ministério da Saúde, o Estado está em oitavo lugar no ranking de crianças vacinadas, com índices superiores às médias nacionais.
O secretário da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, conclama os pais ou responsáveis pelas crianças a vaciná-las em um dos cerca de 950 postos de saúde localizados em todo o território goiano e outros 1 mil postos volantes. “Estamos em um momento delicado, de risco do ressurgimento destas doenças”, afirma, destacando que a vacinação é o meio mais eficaz de prevenção.
Casos
Leonardo Vilela informa que o Brasil enfrenta surto de sarampo nos Estados de Roraima e Amazonas. Este ano, até 21 de agosto, foram notificados 1.087 casos confirmados de sarampo no Amazonas com duas mortes e 300 casos em Roraima, com quatro mortes.
Há casos confirmados da doença também no Rio Grande do Sul (16), Rio de Janeiro (18), Pará (2), Rondônia (1), Pernambuco (2) e São Paulo (2). O sarampo é uma doença altamente transmissível e tem como principais sintomas febre alta, erupções na pele (exantema), tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas na mucosa bucal.
Já a poliomielite é uma enfermidade erradicada no Brasil em 1994. Contudo, existem casos registrados em outros países, o que aponta a necessidade de realizar a vacinação no território brasileiro. O vírus que transmite a doença também é de fácil contaminação e causa paralisia flácida nas pernas.
“O Brasil é um País que recebe visitantes estrangeiros todos os dias. E, por esse motivo, a transmissão da doença vinda de outra nação é possível. Assim, por precaução sanitária, as crianças brasileiras devem se proteger com a vacina para ficarem livres dessa enfermidade também”, adverte o secretário.
Mobilização
O secretário destaca que a campanha está na reta final, e por isso é fundamental continuar com a mobilização social. Ele acentua ainda que é imprescindível que todos os municípios desenvolvam estratégias locais para facilitar o acesso da população à vacinação.
“Essa ação é fundamental para interromper a cadeia de transmissão do sarampo que já está instalada em algumas unidades da federação e não haja a disseminação da doença para as demais regiões”, destaca.
Leonardo Vilela comenta, ainda, que espera o apoio de todos os gestores de saúde do Estado em busca do resgate das elevadas coberturas vacinais de forma homogênea em todos os municípios. Com isso, manter o público-alvo protegido contra o sarampo e a poliomielite, doenças que podem trazer sequelas irreversíveis à qualidade de vida do cidadão.