Às 8h desta terça-feira (29), 10 dos 54 aeroportos administrados pela Infraero apresentavam falta de combustível: São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Aracaju (SE), Foz do Iguaçu (PR), Paulo Afonso (BA), Palmas (TO), Cuiabá (MT) e Imperatriz (MA).
Nesses aeroportos, os aviões só podem pousar se tiverem combustível suficiente para decolar novamente e seguir a viagem.
Mais de 70 voos foram cancelados no país na manhã desta terça-feira em aeroportos operados pela Infraero e pela iniciativa privada.
As companhias aéreas recomendam que o passageiro que tem voo marcado para os próximos dias verifique o status do voo nos sites das empresas. Taxas de remarcação e cancelamento não estão sendo cobradas por Avianca, Azul, Gol e Latam.
Até as 12h, de 573 voos programados -domésticos e internacionais- 48 haviam sido cancelados (8,38%), segundo a Infraero. O índice é maior do que o apresentado na manhã de segunda-feira (28).
O aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, teve 15 voos cancelados na manhã desta terça-feira. O suprimento de combustível no terminal segue restrito, segundo a concessionária BH Airport.
No aeroporto de Brasília, o mais afetado pelo desabastecimento na semana passada, houve sete atrasos e quatro cancelamentos. Segundo a concessionária Inframerica, o aeroporto recebeu ao todo 35 caminhões de combustível na segunda-feira, elevando o estoque de querosene de aviação no terminal para 60%.
A GRU Airport, que administra o aeroporto de Cumbica, o maior do país, informou que quatro voos haviam sido cancelados na manhã desta terça.
As oito carretas de combustível que chegaram na noite de segunda-feira ao aeroporto de Fortaleza devem garantir o abastecimento até o final da noite desta quarta-feira (30), informou a concessionária Fraport. O aeroporto, porém, segue operando em seus níveis de reserva.
O aeroporto de Salvador segue com operação normal nesta terça. A concessionária Vinci Airports informou que um novo carregamento de querosene chegou ao aeroporto nesta segunda com escolta do Exército. Dos 720 pousos e decolagens desde a última sexta (25) na capital baiana, 160 foram alternados de outros aeroportos para apoio de abastecimento.
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) estimou um prejuízo diário de R$ 50 milhões desde o início da paralisação dos caminhoneiros, na segunda-feira passada (21).
A entidade, que reúne as quatro principais companhias aéreas do país, afirmou na noite desta segunda que os voos devem continuar a ser cancelados sem previsão de normalização.
Os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos (SP), e do Galeão, no Rio, atravessaram a crise até aqui relativamente ilesos por serem abastecidos por dutos da Petrobras.
Mas a greve de 72 horas convocada pelos petroleiros para esta quarta-feira (30) pode afetar o abastecimento também desses aeroportos. (Folhapress)