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Detentos fazem motim em prisão do RN; ao menos 10 morrem, diz governo

Detentos do maior presídio do Rio Grande do Norte, a Penitenciária de Alcaçuz, iniciaram uma rebelião no final da tarde deste sábado (14). Pelo menos 10 presos foram mortos, informou o governo estadual.

A rebelião foi motivada por uma briga de facções: segundo o governo, entre membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do Sindicato do Crime. Houve uma invasão de um pavilhão por presos inimigos, o que deu início ao motim.

O conflito começou por volta das 17h, no horário local (18h em Brasília). Às 22h30 deste sábado, o motim continuava em andamento.

A Polícia Militar informou que enviou um “grande efetivo” ao local, inclusive com tropas do choque e do Bope, mas que ainda não conseguiu entrar no presídio para controlar a situação.

A Penitenciária de Alcaçuz abriga atualmente 1.083 presos, mas tem capacidade para apenas 620, segundo dados da Secretaria de Justiça. O presídio fica no município de Nísia Floresta, a 25 km de Natal.

“É muito preocupante; a sensação é de impotência”, diz a coordenadora da Pastoral Carcerária de Natal, Guiomar Veras. “Ninguém sabe o que pode acontecer durante a madrugada.”

Há relatos de presos decapitados e de brigas em diversos pavilhões do presídio. O temor é que o local só venha a ser controlado pela manhã.

“Se isso acontecer, muito provavelmente a gente vai ter uma carnificina parecida com Manaus”, comenta o advogado Gabriel Bulhões, da Comissão de Advogados Criminalistas da OAB-RN.

Segundo ele, há uma “guerra de facções” no Estado entre o PCC e o Sindicato do Crime -uma dissidência do PCC surgida por volta de 2012. Os dois lutam pelo domínio do sistema carcerário no Rio Grande do Norte, em especial em Alcaçuz, o maior presídio estadual.

“Essa situação estava para explodir há algum tempo”, afirma Bulhões. Segundo ele, o clima se tensionou nos últimos meses, e há informações de que os grupos estavam se armando para o confronto.

Familiares que visitavam os presos na tarde deste sábado estão em frente ao presídio, atrás de informações e pedindo a intervenção das forças policiais. O governo informou que criou um gabinete de gestão integrada e que enviou batalhões de todo o Estado para o presídio.

(FOLHA PRESS)

Samuel Straiotto

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