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Desmantelada quadrilha que fraudava vestibulares de medicina em Goiás

A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (7), em Goiânia, cinco integrantes de uma quadrilha suspeita de fraudar vestibulares de medicina em Goiás. Segundo informações da corporação, a associação criminosa vendia as vagas por valores entre R$ 80 mil e R$ 120 mil.

De acordo com as investigações, que duraram cerca de seis meses, 110 pessoas de 12 estados e do Distrito Federal procuraram o grupo para a compra de vagas e mais da metade conseguiu a aprovação.

Agentes da Polícia Civil se passaram por estudantes e chegaram a ser instruídos pelos fraudadores para dar continuidade ao golpe. Em um vídeo, um dos suspeitos, Fernando Batista Pereira, orienta para que a agente disfarçada vá para a prova com o telefone celular na calcinha.

“Vai com três calcinhas, bota duas apertadas e terceira, de preferência, sabe aquelas tipo de pano, que tem tipo uma espuminha por dentro? Usa ela para ela apertar mais e ficar macio. Vai dar tudo certo, se Deus quiser”, disse Fernando.

Ainda durante a conversa o homem garante o golpe. “A gente tem advogado, a gente tem tudo. Se der algum problema, não entra em pânico e fala assim: ‘alguém vai me ajudar’. Eu vou ajudar. Eu tenho os melhores advogados”, afirmou.

O golpe era aplicado da seguinte forma: o estudante Mateus Ovídio Siqueira respondia as questões da prova rapidamente, ia ao banheiro e de lá encaminhava as respostas para outro membro do grupo, que estava em uma base, e enviava para os celulares que estava com cada candidato.

Durante uma prova de vestibular, o delegado Cleybio Januário Ferreira, que também estava se passando por fiscal, abordou um dos candidatos que participava do esquema.

Além de Fernando e Mateus, o empresário Rogério Cardoso de Matos, considerado o chefe do esquema, também foi detido. Na casa dele, foram apreendidos documentos e um carro de luxo. Já na residência de Mateus, a polícia encontrou R$ 50 mil em espécie. Ao ser questionado sobre a origem do dinheiro, ele disse que não sabia.

Com o grupo, a polícia apreendeu R$ 150 mil. Todos os suspeitos responderão pelo crime de fraude. De acordo com o delegado, a investigação será compartilhada com as universidades que devem iniciar um procedimento administrativo para expulsar os alunos, além dos crimes que enfrentarão na Justiça.

Laura Santos Braga

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