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| Em 9 anos atrás

“Desfecho da crise política é preocupante”, afirma Marconi

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Com dois anos seguidos de recessão (2015 e 2016), a crise por que passa a economia brasileira é a pior já registrada, na opinião do governador Marconi Perillo. “Eu me preocupo muito com o que está acontecendo no Brasil hoje, especialmente por conta da crise política que resulta na gravíssima crise econômica. Aliás, essa é a pior crise que o país vive”, afirmou, durante entrevista no Programa Paulo Beringhs, que foi ao ar, ontem, na TV Brasil Central. “Agora, me preocupa o pós-crise; seja qual for o desfecho, nós teremos problemas”, alertou.

Para o governador, nem a Depressão de 1929 foi tão grave quanto a que se instalou no País. Ele lembrou que, no ano passado, o Brasil amargou um PIB negativo de 3,8%; neste ano, a queda deverá ultrapassar 5%. “É incrível o quanto a crise econômica está vinculada à crise política”, acrescentou na entrevista, que será reprisada na sexta-feira, às 20horas, e no domingo, às 23h30.

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Marconi visualizou outro problema: “Caso haja o impeachment, como vai ser o comportamento do PT e dos partidos ligados ao PT em relação ao novo governo. Será que não vão querer atrapalhar o novo governo? Essas coisas me preocupam muito”, revelou o governador, ciente de que os Estados dependem da estabilidade política e econômica para que os projetos sejam aprovados no Congresso e para que a economia volte à normalidade.

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Clamor por mudanças

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Ainda na avaliação do governador, a instabilidade justifica o clamor do povo por mudanças. “Há muitos anos as pessoas não sofriam tanto com carestia, inflação, desemprego e corrupção. Foi o que levou a Ditadura ao fim”, lembrou. Ou seja, apesar das perseguições, arbitrariedades e crimes, o gatilho das manifestações populares foi a crise econômica.

Para Marconi, foi a dificuldade financeira que efetivamente levou o povo brasileiro a se mobilizar pelas Diretas Já e pelo Muda Brasil, colaborando também para que, felizmente, o País entrasse no rol das principais democracias mundiais. “As gôndolas dos supermercados e armazéns começaram a ser esvaziadas, havia uma remarcação permanente, constante, e hoje não estamos muito longe disso”, observou.

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Goiás preparado para vencer a crise

O governador Com apenas dez secretarias, Goiás está preparado para vencer a crise que assola o Brasil. “Hoje nós temos a estrutura mais enxuta do Brasil; fizemos todos os cortes necessários”, afirmou o governador Marconi Perillo, durante entrevista ao Programa Paulo Beringhs, da TV Goiânia. “Se a crise não piorar, nós estamos com a situação dentro do planejado. Foi necessário muito sacrifício no ano passado, muito enfrentamento, mas hoje nós temos um planejamento que nos garante que esses serviços essenciais estejam mantidos”, acrescentou.

As medidas foram necessárias, porque o Estado não passou imune à crise. “Também tivemos uma crise terrível; como as pessoas estão comprando menos, muitas estão sendo desempregadas; e é claro que o Estado arrecada menos impostos. Com isso, vamos ter cada vez mais dificuldades em relação à manutenção de empregos, folha e investimentos”, continuou o governador, durante a entrevista, que será reprisada na sexta-feira, às 20h30; e no domingo, às 23h30.

As medidas, como a reforma administrativa, divulgada antes da crise se abater sobre o País, foram fundamentais para que o Governo de Goiás se mantivesse em situação mais confortável. “É claro, não dá para a crise aprofundar mais. Se tivermos mais problemas com a economia, isso afeta a todos os Estados”, analisou, para citar que Estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul já não estão pagando folha nem mais no mês seguinte.

“Em Goiás, nós pagamos a folha dentro da lei”, afirmou, para lembrar que os salários dos servidores eram pagos antes do prazo estabelecido pela lei. “Atualmente, nós pagamos cerca de 110 mil funcionários até o dia 30 do mês vincendo, ou seja, do mês trabalhado, pagamos antecipadamente; o restante nós pagamos conforme determina a Constituição: até o 5º dia útil do mês seguinte”, explicou, ressaltando o grande esforço, e economia feitos. “Cortamos todos os gastos que poderíamos ter cortado para que a máquina funcione, principalmente nas áreas de saúde, segurança e educação”.

Sobre a possibilidade de corte na folha, Marconi ponderou: “É possível, se for necessário. Se o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal for extrapolado, é possível cortar mais comissionados”, disse, lembrando o desligamento já feito de 5 mil comissionados. “Espero que não haja mais necessidade de cortes em folha. Nós estamos cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal; foi por isso que prorrogamos os aumentos previstos no ano passado para o final deste ano.”

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