A taxa desemprego no país fechou o último trimestre de 2017 em 11,8%, divulgou o IBGE nesta quarta-feira (31). Com isso, a taxa média anual passou de 11,5% em 2016 para 12,7% em 2017, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
O índice oficial de emprego, medido pela pesquisa Pnad Contínua, sofreu pequena queda em relação ao trimestre encerrado em setembro, quando a taxa esteve em 12,4%. O país fechou 2016 com uma taxa de 12%.
No acumulado do ano passado, o país teve 12,3 milhões de pessoas desocupadas, que são desempregados em busca de recolocação. Esse contingente caiu 0,3% frente a 2016, ou 31 mil pessoas a menos.
A desocupação no país vem em trajetória de desaceleração. A melhora ao longo do ano, contudo, foi apoiada principalmente na geração de vagas informais de trabalho.
O emprego com carteira assinada, tradicionalmente protegida pelas leis trabalhistas, deu lugar às posições sem carteira ou de trabalho por conta própria, que são pequenos empreendedores ou autônomos. Esses postos são considerados de menor qualidade e segurança.
O país fechou 2017 com 92,1 milhões de pessoas ocupadas, alta de 2%, ou 1,8 milhão de pessoas em relação a 2016.
Não houve grandes mudanças na passagem do trimestre encerrado em setembro e no terminado em dezembro.
A Pnad Contínua é pesquisa de abrangência nacional do IBGE, que registra trabalhos formais e informais em todo território do país.
As vagas com carteira assinada em 2017 somaram 33,3 milhões, queda de 2%, ou 685 mil pessoas em relação ao verificado em 2016.
Na outra ponta, trabalhadores por conta própria somaram 23,1 milhões de pessoas, alta de 4,8% em relação a 2016, ou 1,7 milhão de pessoas. Trabalhadores sem carteira tiveram alta de 11,1%, ou 598 mil pessoas a mais, tendo registrado alta de 5,7% em relação ao ano imediatamente anterior.