Os desembolsos de recursos pelo BNDES somaram R$ 6,7 bilhões em julho, queda de 21% com relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 2017, o banco desembolsou R$ 40,2 bilhões, queda de 17% com relação ao mesmo período de 2016.
Em nota divulgada nesta terça (15), o banco diz que o desempenho ainda reflete “o quadro econômico de baixa demanda por financiamento dos últimos dois anos”.
“É importante observar que os desembolsos retratam a demanda do passado”, afirmou o BNDES, ressaltando que consultas por novos financiamentos podem levar mais de um ano até a liberação.
O dado referente às consultas, porém, ainda não deu sinais de reação: em julho foram R$ 10,2 bilhões, praticamente estável com relação aos R$ 10,1 bilhões verificados no mesmo mês do ano passado.
No acumulado do ano, as consultas somam R$ 58,4 bilhões, queda de 12% em relação aos sete primeiros meses de 2016.
Na nota, o BNDES destaca o aumento dos desembolsos para a compra de máquinas e equipamentos, que somaram R$ 2,3 bilhões em julho, alta de 90% com relação ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado do ano, o crescimento é mais modesto, de 10%, para R$ 2,3 bilhões.
A indústria é o setor no qual se verifica a maior queda nos desembolsos: entre janeiro e julho, a liberação de recursos para o setor caiu 41%, para R$ 9 bilhões.
Já a agropecuária, que segurou o PIB no primeiro trimestre, registrou alta de 6%, recebendo R$ 8,1 bilhões nos primeiros sete meses de 2017.
O banco disse que espera “recuperação gradual” na demanda por recursos até o fim do ano.
“Os sinais de recuperação da atividade econômica no país em meio à redução das expectativas de mercado para as taxas de juros no fim deste e do próximo ano com a inflação sob controle influenciam a decisão de investimento”, defendeu. (Folhapress)