Vinte deputados federais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras assinaram, nesta segunda-feira (19), um pedido de prorrogação dos trabalhos. A CPI será encerrada na próxima sexta-feira (23), mas os deputados tentam convencer líderes para que a prorrogação seja votada em plenário.
Para que isso aconteça, será necessário que 257 parlamentares votem ou, de acordo com o deputado Ivan Valente (PSOL), os líderes que representam esse número assinem o requerimento de urgência para que vá à votação.
“[O número] já mostra que a CPI tem maioria e que quer continuar, inclusive o presidente [Hugo Motta (PMDB)], afirmou Ivan. Segundo o deputado, caso a CPI seja prorrogada, o foco será em “ouvir muita gente, quebrar sigilos e fazer acareações que não foram feitas”.
Além disso, serão chamados os políticos citados nas investigações. “Todos citados deveriam ter se apresentado. Era a chance de defesa deles. Os pedidos de convocação estão lá [na CPI], foram impedidos de serem votados”, ressaltou.
Para o deputado, agora haveria mudanças, principalmente por “pressões políticas”, uma vez que houve diversas denúncias envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
Segundo Valente, caso não seja alcançado o número de assinaturas necessárias, o PSOL e outros partidos vão elaborar um relatório paralelo com destaques ao texto do relator Luiz Sérgio (PT).
(Com informações da Agência Brasil)