Foi protocolado nesta segunda-feira (2) por deputados do PSOL, pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo os parlamentares Bolsonaro atentou contra a democracia e ”arquitetou o atual cenário que vivemos”.
“É preciso ressaltar, infelizmente, o histórico de disseminação de fake news, com intuito golpista, do ex-presidente Bolsonaro: ele, desde o início da sua Presidência, vem arquitetando o atual cenário que vivemos”, diz trecho do documento protocolado.
No Twitter, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), confirmou que o pedido foi entregue ao STF sem ”anistia”.
Ainda segundo o documento, o ex-presidente ainda mantém a sua base radicalizada ativa. “Tal postura de atacar as instituições responsáveis pelo processo eleitoral somada a completa ausência de uma declaração dirigida a seus apoiadores reconhecendo sua derrota no pleito demonstram de maneira inconteste que Jair Messias Bolsonaro está deliberadamente mantendo sua base radicalizada ativa, o que culminou em diversos atos criminosos e terroristas ao redor do Brasil”, diz outro trecho.
O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL) repudiou o pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente. Em seu argumento, o PSOL já vem perseguindo Bolsonaro ao logo de muitos anos.
“Antes tentaram matá-lo, agora querem prendê-lo. Nada de novo sob o sol, é a esquerda sendo esquerda”, disse Nikolas fazendo referência a Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro em 2018. Adélio já foi filiado do PSOL entre 2007 e 2014.
“É absolutamente ridículo. O presidente não cometeu nenhum crime ao contrário do ladrão que subiu ontem na rampa. Eles não têm narrativa, são bandidos atacando o presidente, que é um homem honesto”, lamenta Nikolas.