Deputados da base governista criticam influência do Solidariedade na Secretaria de Esporte

Os deputados estaduais Henrique Arantes (MDB) e Coronel Adailton (PRTB), ambos da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), criticaram, durante audiência na Assembleia Legislativa, na quarta-feira (06/07), a influência do Solidariedade na Secretaria de Esporte e Lazer.

Os dois disseram que têm dificuldade para terem suas demandas atendidas pelo titular da pasta, Henderson de Paula Rodrigues, indicado pelo deputado federal Lucas Vergílio (Solidariedade).

Tanto Henrique Arantes quanto Coronel Adailton relataram ter ouvido de vereadores do Solidariedade no interior que eles chegaram a Goiânia com um caminhão e voltaram com materiais esportivos.

“Isso nunca aconteceu”, afirmou o secretário. “Se provarem que alguém chegou com um caminhão e voltou com ele cheio, eu renuncio. Entregamos tudo diretamente aos municípios.”

Ao Diário de Goiás, o parlamentar do MDB declarou que não pretende expor os vereadores. “Mas eles não iam mentir para mim”, garantiu.

Henrique Arantes alegou, ainda, que não teve ofícios respondidos pela Secretaria. “Gostaria de saber qual é o critério real [para atender as demandas]. Se é um critério político, de ter aliança política com o partido que ele representa, ou se tem um outro critério. Isso não ficou claro.”

Henderson, por sua vez, se comprometeu a responder os ofícios. De acordo com ele, sempre houve tratamento igual nos atendimentos e, caso tenha havido alguma falha, “não foi por má vontade”.

A convocação do secretário para prestar esclarecimentos à Assembleia Legislativa foi feita pelo próprio Henrique Arantes. A reportagem ouviu de aliados de Henderson que essa postura, adotada por um deputado da base, era um “tiro no pé” e que ele só queria causar “constrangimento”.

O emedebista, porém, discorda. “No meu entender, eu estou ajudando o governo. E essa insatisfação não é só minha. Posso afirmar que pelo menos 30 deputados estão insatisfeitos com o secretário de Esporte. O atendimento não é bom. Ele não é obrigado a atender tudo que eu peço, mas ele é obrigado a dar uma resposta. Não é tiro no pé. Defendo o governador e eu estou ajudando o governo a ter uma solução.”