Gustavo Gayer. (Foto: Divulgação).
O deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL-GO), crítico ferrenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apelou para o peso do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA) para atacá-lo em uma publicação nas redes sociais, usando uma foto feita para conscientização da bulímia e obesidade. O comentário logo provocou reações de internautas que ameaçaram denunciar o tweet realizado no último sábado (21/01).
A publicação já teve mais de 314 mil visualizações e mostra duas fotos: uma em que o ministro Flávio Dino aparece sem camisa e outra, da fotógrafa polonesa Joanna Watala que também é médica. A fotografia foi feita em 2020 para uma campanha de conscientização contra a obesidade e a bulimia.
Watala quis retratar duas mulheres com pesos opostos: lado-a-lado e de testas coladas uma a outra, uma modelo tinha sobrepeso e a outra, bulimia, dois distúrbios alimentares que podem provocar sérios danos à saúde. A chacota do deputado eleito foi associar a primeira, a uma “comunista no Brasil” enquanto a segunda era “comunista na: Venezuela, Cuba e Coreia do Norte, etc”.
Tão logo foi publicada, usuários ameaçaram denunciar a postagem. “Que podre. Denunciado”, respondeu a jornalista Carla Vilhena. “Respeite o próximo e se dê ao respeito, deputado. Tuíte denunciado”, destacou a também jornalista Rita Lisauskas.
Uma publicação compartilhada por Joanna Watala (@joannawatala)
Repórter do Congresso em Foco, Lucas Neiva também comentou: “Quem apoia um presidente deixou um número ainda incontável de Yanomamis morrendo de fome não tem moral de falar mal de quem está se esforçando para resolver o estrago deixado”. Outro usuário também reforçou a denúncia. “Denunciado. E tomara que leve uma denúncia tb no conselho de ética, babaca”, pontuou.
Deputado quer colocar gordofobia equiparada a crimes de preconceito e discriminação
O deputado federal José Guimarães (PT-CE) já apresentou um projeto de Lei que “inclui a discriminação ou preconceito em razão do peso corporal relacionado à obesidade nos crimes previstos na Lei 7.716, de 05 de janeiro de 1989.” O texto tramita em regime de urgência e pode ser colocado em votação a qualquer momento na Câmara dos Deputados.
