Categorias: Política

Deputada pede áudios a Glenn que responde: “você vai se arrepender em desejar isso”

Em audiência na Câmara dos Deputados que está ouvindo o jornalista Green Greenwald, editor do site The Intercept e um dos responsáveis pelas publicações de conversas vazadas entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores que atuavam na força-tarefa da Operação Lava-Jato, a deputada da base governista Carla Zambelli (PSL-SP) colocou o norte-americano na parede. “Se esses áudios existem, mostre-os”, solicitou.

Zambelli fazia referência aos áudios que Glenn Greenwald diz ter junto ao material que adquiriu com sua dita fonte anônima. “Por favor, divulgue as provas. Onde estão os áudios que você diz que tem? Onde estão? Que provas são essas?”, indagou a deputada. “Pode tocar o áudio aqui agora. Desafio o Glenn a tocar o áudio aqui agora!”, chegou a exclamar.

O jornalista não titubeou na resposta: “Então, nós começamos a reportar há duas semanas atrás. Áudios são muito difícil para reportar mas com certeza vamos soltar quando o material estiver pronto com responsabilidade para publicar e acho que você vai se arrepender muito a desejar que nós façamos isso”.

Vai ter bolo
Após a resposta, parlamentares da oposição ovacionaram a resposta do jornalista, Carla Zambelli acompanhada de sua colega de partido Katia Sastre abandonaram a sessão e uma parlamentar da oposição às risadas gritou: “Fica querida, vai ter bolo”.

A carapuça serviu
Enquanto conduzia sua fala, Carla rememorava das épocas de ouro da Operação Lava-Jato e as investigações devolviam bilhões aos cofres públicos e disse que a oposição estava culpabilizando a pessoa errada. O alvo não poderia ser Sérgio Moro, mas sim o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, já preso em Curitiba. “Quem está defendendo aqui hoje, Luis Inácio Lula da Silva e acusando Sérgio Moro? As mesmas pessoas que constam na lista de 2014 entregue nas mãos de Janot para que a operação Lava Jato continuasse aqui dentro do Congresso”, disse falando que o passo seguinte de vários parlamentares que estavam nessa lista foi migrar do Senado para a Câmara dos Deputados para garantir o foro privilegiado.

A deputada Gleisi Hoffman (PT-RS) parece não ter gostado muito da comparação e a cortou: “Você está acusando, deputada? Se está acusando fala. Você tem essa opção”, questionou. Em resposta, Carla rebateu: “Se a carapuça serviu, ótimo…”. Após uma série de risdas dos parlamentares, a deputada emendou: “Eu tava falando do Aécio Neves, mas se a carapuça serviu pra Gleisi, fazer o quê?”, debochou

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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