Jair Bolsonaro (PL) foi ouvido pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (5) por cerca de três horas e, no depoimento, afirmou ainda ter mais de nove mil itens guardados em seu acervo pessoal. Mas só depois dos quatro anos de poder e de devolver três conjuntos de joias de valor milionário é que o ex-presidente decidiu colocar os materiais à disposição do Tribunal de Contas da União (TCU).

As informações, divulgadas pela CNN Brasil, ainda dão conta de que no acervo privado de Bolsonaro, há também presentes inusitados e de menor valor como um relógio de mesa “em formato de tanque de guerra”, um “nariz artificial” feito de látex, um boneco inflável de 45 centímetros do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e diversos itens envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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O ex-presidente ainda acumular artigos de futebol, como mais de 400 camisetas de diferentes times e uma da bola oficial da Copa do Mundo de 2022, autografada pelo jogador Neymar. Uma “miniatura decorativa de fuzil semiautomático” com “balas douradas em seu interior”, uma pistola da marca Taurus e outra do “tipo garrucha, confeccionada em nogueira e metal prateado”, também fazem parte do acervo.

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Em realção às joias, vale lembrar que o primeiro pacote de joias tinha produtos avaliados em cerca de R$ 16,5 milhões, que iriam para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Já o segundo kit tinha joias estimadas em cerca de R$ 400 mil, que teriam o político do PL como destino. O terceiro conjunto tinha materiais avaliados em cerca de R$ 500 mil.

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Bolsonaro retornou ao Brasil na última quinta-feira (30), após passar três meses nos Estados Unidos. Ao pisar no país, o ex-presidente já entrou na mira da PF após o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, tentar reaver as joias sauditas avaliadas em R$ 16,5 milhões.

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