O senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi denunciado por lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Na manhã desta sexta-feira (3), a Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão contra o político. Ao todo, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Conforme a força-tarefa da Lava Jato, Serra recebeu pagamentos indevidos da Odebrecht enquanto era governador, entre 2006 e 2007, em troca de benefícios nas obras do Rodoanel Sul. A empreiteira teria pago milhões ao político por uma rede de empresas no exterior para que o real beneficiário não fosse detectado pelos órgãos de controle.
Os investigadores também afirmam que Verônica Serra, filha do senador, e o empresário José Amaro Pinto Ramos constituíram empresas no exterior, ocultando seus nomes, e por meio delas receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou ao então governador de São Paulo.
De acordo com o MPF, Ramos e Verônica fizeram transferências com o intuito de dissimular a origem dos valores e os mantiveram em uma conta de offshore controlada por Verônica Serra, de maneira oculta, até o final de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade oculta, na Suíça. O MPF obteve autorização na Justiça Federal para o bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em uma conta no país.
Até o momento, o senador ou sua assessoria ainda não se pronunciaram. O PSDB também não se posicionou sobre as buscas contra Serra.