Categorias: Economia

Demora de 7 meses não é explicada

Caetité e Lagoa Real (BA) – A estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) não explicou à reportagem por que a ocorrência da água contaminada por urânio verificada pela própria empresa em outubro de 2014 só foi informada à prefeitura de Lagoa Real (BA) em maio deste ano. Em nota, a empresa também não se posicionou sobre o fato de deixar de inspecionar a qualidade da água utilizada pelos vizinhos do sítio onde o material radioativo foi encontrado.

A estatal declarou que o poço de Osvaldo Antônio de Jesus, na comunidade de Varginha, em Lagoa Real, “não está em área de influência das atividades da INB e por isso não é contemplado no programa de monitoramento aprovado pelos órgãos fiscalizadores”. Ocorre que, conforme informação oficial divulgada pela própria empresa, a comunidade de Varginha faz parte, sim, dos locais onde são – ou deveriam ser – coletadas as amostras de água para análise. O dado consta em documento de “perguntas e respostas” da INB, atualizado em abril deste ano.

A empresa declarou que as análises no poço de Osvaldo de Jesus “foram feitas atendendo a um pedido do próprio morador, não sendo de responsabilidade da INB determinar padrão de potabilidade da água, abertura ou fechamento de poços”.

Sobre a quantidade de urânio no poço, declarou que se trata de condição natural da região, considerada “uma província uranífera” por causa da abundância do minério. “É por esta razão que as águas dessa região podem apresentar concentrações de urânio mais elevadas do que outras, não sendo caracterizadas como contaminação.”

Segundo a estatal, o poço foi perfurado há aproximadamente 20 km de distância do local da mineração, o que, justifica a INB, afasta sua responsabilidade pela ocorrência.

A estatal ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação afirma que acompanha e avalia 132 poços, “sendo que 39 estão localizados em comunidades próximas da área da empresa para garantir que as atividades de mineração e beneficiamento não prejudiquem a qualidade da água”.

Esse trabalho chegaria a “mais de 16 mil análises por ano”. Na comunidade de Varginha, que a empresa alega fiscalizar, nenhuma casa visitada pela reportagem declarou ter recebido agentes da empresa. A Cerb, que foi acusada pela prefeitura de Lagoa Real de ter aberto o poço sem autorização da gestão municipal, não se pronunciou até as 21h30 de ontem.

(Estadão Conteúdo)

Samuel Straiotto

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