Indo para a reta final do seu segundo mandato como deputado federal, o delegado Waldir Soares (PSL) quer mudar de ares a partir de 2023. Isso porque, considera que cumpriu com suas missões frente à Câmara dos Deputados e agora quer trabalhar no Senado Federal. Para além disso, pretende fortalecer a bancada de deputados estaduais e federais do PSL na Assembleia Legislativa em Goiás e também em Brasília. “Hoje o partido quer ser protagonista. O projeto inicial é participar da chapa majoritária de um dos grupos que vão disputar as eleições majoritárias”, pontuou em entrevista ao Diário de Goiás.
Para pavimentar sua candidatura ao Senado, Soares tem ido em excursões interior a dentro. “Já conversamos com mais de 150 prefeitos. Sou um deputado municipalista. Todos os municípios de Goiás receberam emendas do deputado Waldir. Estamos conversando com outros deputados estaduais e federais. Indo ao prefeito, ao cidadão”, destaca. Se perceber por meio de prévias que tem condições de disputar a cadeira, não terá receio de entrar na campanha. “Estamos construindo esse projeto no Senado. Se a sociedade goiana quiser, lá na frente o delegado Waldir estará bem nas pesquisas para essa vaga no Senado a gente vai entrar nessa disputa sim”, reforça.
PSL: grande partido consolidado
O presidente estadual do PSL quer colocar o partido em evidência em Goiás e no Brasil. A filiação do apresentador e jornalista José Luiz Datena, segundo Soares, é um indicativo que a legenda não quer ir para campo e perder. “O PSL como um grande partido que se consolidou. Elegeu o atual presidente da República, quatro senadores e 54 deputados federais e é uma das maiores bancadas na Câmara Federal, hoje o partido quer ser protagonista.” A partir daí, a ideia é cooptar nomes elegíveis. “Prioridade do PSL será eleger uma ampla bancada de deputados federais e de deputados estaduais também.”
Nesse sentido, o PSL tem caminhado próximo e flertando uma aliança com o MDB, de Daniel Vilela e Baleia Rossi – presidente estadual e nacional, respectivamente. “O PSL hoje, temos um diálogo construindo com o MDB tanto que as duas fundações – a do PSL e do MDB – a nível nacional já realizaram a primeira reunião de diálogo para preparar um grande debate nacional como o MDB fez no passado com a ‘ponta para o futuro’, nós estaremos elaborando juntos, os dois partidos com propostas para todas as áreas a nível nacional. O MDB e o PSL costuram juntos uma proposta política. Esse é o caminho e isso pode resultar em alianças estaduais. Nós estamos conversando com o MDB e vários partidos para essa composição, seja a nível federal ou local.”
Soares não acredita que aliança de MDB e do DEM
Soares vê com atenção as especulações que indicam um possível apoio do MDB com o DEM, de Ronaldo Caiado. Waldir lembra que o democrata, em 2014, foi eleito ao Senado Federal com apoio do MDB e quando deveria retribuir em 2018, não o fez, lançando-se candidato ao Governo do Estado enfrentando Daniel Vilela. “Em Goiás, nós lembramos que o atual governador era senador e foi eleito com a base do MDB na eleição de 2014. O atual governador foi eleito com todo o MDB na sua base. O DEM era inexpressivo”, avalia.
O deputado federal não acredita que o MDB continue caminhando e firme uma aliança com os democratas. “Nos últimos dias ele também vem dando rasteiras no MDB e tirando alguns partidos do MDB. Não acredito que o MDB vai engolir tanta traição”, pondera.