Integrante da Força-tarefa, o delegado Eduardo Prado disse em entrevista à Rádio 730, nesta segunda-feira (20), que tem total certeza de que a Polícia Civil prendeu o responsável pelas mortes em Goiânia, principalmente de mulheres, que ocorreram este ano.
“Eu e a PC temos 100% de convicção de que pegamos o indivíduo que estava matando. Foi uma longa investigação, uma das mais difíceis, em meus dez anos de polícia, que participei junto com a Força-tarefa”, afirmou.
No entanto, Eduardo explicou que por o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, suspeito de ter cometido 39 assassinatos, não ter vínculo com as vítimas, isso dificultou as investigações.
“Ele agia de forma dissimulada. É um cara muito inteligente, um psicopata, que demonstra algumas características, inclusive, de agir de forma premeditada”.
Além disso, o delegado contou que a polícia já trabalhava com a ideia de um “serial killer” antes mesmo de fazer a prisão de Tiago Henrique. “Não podíamos falar que havia um serial em Goiânia porque o indivíduo poderia mudar seu modo de agir ou outras coisas que atrapalham a investigação. Por outro lado, poderíamos gerar um temor na sociedade que já estava aterrorizada”.
Eduardo também falou que chegaram até Tiago Henrique após vários estudos científicos e de caso, colhendo testemunhos de pessoas que estiveram presentes tanto nos assassinatos quanto em assaltos a padaria, farmácias e uma lotérica.
“Eu e os delegados posicionamos as equipes em pontos estratégicos, onde ele poderia passar e fizemos a prisão. A arma (laudo técnico) já deu positivo para quase todas as mulheres (vítimas) e a PC mostrou sua competência”.
Por último, o delegado comentou que o suspeito pode ter distúrbios mentais, como ser um psicopata, mas nada que o fizesse inimputável.
“O Código Penal só faz imputável uma pessoa se ela não tiver consciência do que faz. Tiago é um psicopata, uma pessoa fria, que não tem amor, que faz crime por prazer. Se o psiquiatra que vai fazer o laudo disser que ele é psicopata, Tiago vai responder criminalmente por todos os crimes que cometeu. Ele é um típico indivíduo que não tem condições de viver em sociedade”, concluiu.
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