A Executiva Nacional do PT decidiu afastar o senador Delcídio do Amaral do partido, nesta sexta-feira (4). Além disso, também foi decidida a abertura de um processo disciplinar contra o senador. Delcídio foi preso pela Polícia Federal, em Brasília, no dia 25 de novembro, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, Delcídio terá 60 dias para apresentar defesa. Até lá, o senador não será considerado filiado ao partido. Falcão também afirmou, em entrevista coletiva, que o PT não tem receio de perder o apoio do PMDB durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Eu não tenho esse temor. O momento é de unidade, e não de levantar suspeição sobre qualquer parte. A nossa disposição, e a do governo também, pelo que eu soube, é resolver isso rapidamente, mas os mecanismos para prolongar a atividade parlamentar não dependem de nós. A nossa opinião é que seja resolvido rapidamente e, se for necessário, reduzir o tamanho do recesso [parlamentar]”, disse o presidente do partido.
Falcão ressalta que o partido está “tranquilo” porque entende que o pedido de impeachment é “inconsistente, sem base legal e motivado por intenções que já o maculam desde o início”. “O que queremos é que eles [os deputados] ajam de acordo com a lei. E a lei é clara ao dizer que a motivação para o impeachment tem que ser crime constatado, praticado no atual mandato da presidente da República”.
Com informações da Agência Brasil