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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Delação de Palocci é enviada para aval do TRF-4

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A delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, homem de confiança das gestões Lula e Dilma, foi enviada na noite desta segunda (30) para homologação do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

O processo chegou às mãos do relator da Lava Jato no tribunal, juiz federal João Pedro Gebran Neto, que encaminhará na quarta (3) à PRR-4 (Procuradoria Regional da República da 4ª Região). Depois de parecer dos procuradores, decidirá se a colaboração é válida ou não.

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Palocci está preso preventivamente desde 2016 e fechou delação com a Polícia Federal depois de tentar um acordo sem sucesso com o Ministério Público Federal.

Há uma disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal em torno da competência dos órgãos para tratar de colaborações. A palavra final ainda será dada pelo Supremo Tribunal Federal.

Nesta mesma noite, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou o ex-presidente Lula, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo e o empresário Marcelo Odebrecht, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

Isso levou procuradores a afirmarem na internet que a delação de Palocci terá de ser homologada no âmbito do STF e passar pela Procuradoria-Geral da República, e não pelo TRF-4 e pela PRR-4.

“Dentre as condições para eventual colaboração de Palocci (ou de qualquer investigado) estão: revelar todos os fatos e demais participantes da organização, revelação da estrutura hierárquica e divisão de trabalho, recuperação total ou parcial do produto do crime”, disse Alan Mansur, chefe do MPF no Pará e diretor da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).

“Assim, se houver colaboração premiada de Palocci, deve ser avaliada pela PGR e homologada pelo STF, já que há acusação formal naquele tribunal. A menos que o STF faça o desmembramento do processo e remeta os investigados sem foro ao juízo de 1º grau”, acrescentou, em rede social.

Contatada, a Procuradoria-Geral da República ainda não se manifestou.

(FOLHA PRESS)

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