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Categorias: Cidades
| Em 7 anos atrás

Deflagrada operação que apura “Máfia dos Concursos” no DF

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Foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (21), pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), a Operação Panopter, que tem como objetivo apurar esquemas de fraudes em concursos públicos no Distrito Federal ocorridas nos últimos cinco anos. A suspeita é de que a máfia receba dinheiro para garantir vagas em órgãos públicos na capital do país.

Conforme reportagem do jornal Correio Braziliense, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva em desfavor de Helio Garcia Ortiz, Bruno de Castro Garcia Ortiz, Johann Gutember dos Santos e Rafael Rodrigues da Silva Matias. Eles são suspeitos de integrarem a organização criminosa, que organizavam a fraude e aliciavam candidatos.

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Também foram autorizados a execução de 16 mandados de condução coercitiva para depoimentos de pessoas que teriam comprado vaga em concursos e 12 de busca e apreensão em endereços de investigados. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Águas Claras.

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Helio Ortiz era líder da máfia dos concursos descoberta há 11 anos. Ele e o filho, Bruno Ortiz, foram presos em 2005 na Operação Galileu, no entanto, voltaram a atuar.

As investigações começaram a partir de denúncias de irregularidades no concurso para o Corpo de Bombeiros do DF há três meses. Duas pessoas que tentavam fraudar a prova foram identificadas. Dessa forma, a investigação desvendou modalidades adotadas para driblar a concorrência cada vez mais elevada para a seleção de interessados em ingressar no serviço público.

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As quatro modalidades encontradas foram: a utilização de ponto eletrônico para receber o gabarito; o uso de aparelhos celulares deixados em alguma parte do local da prova, geralmente no banheiro, para obtenção das respostas; o emprego de identidade falsa para que uma pessoa se passe pelo candidato; e a quarta, considerada mais grave, consiste na participação de integrantes das próprias bancas examinadoras nas fraudes.

Para aliciar os candidatos, a organização criminosa exigia que o concorrente tivesse nível superior. Caso o interessado quisesse uma vaga em concurso e não tivesse graduação, a quadrilha também providenciava um diploma.

Entre os suspeitos, Johann Gutemberg é proprietário de uma faculdade, o Instituto Nacional de Ensino Especial, que estaria envolvido nas duas fases da fraude. A instituição, que funciona em Taguatinga, também será alvo de busca e apreensão.

Um dos investigados era porteiro do prédio onde funciona o escritório dos cabeças da organização criminosa. Ele foi cooptado para ajudar a aliciar candidatos que quisessem comprar vagas no funcionalismo público. Depois de fazer isso durante um bom tempo, ele recebeu como recompensa a aprovação em concurso da Secretaria de Educação.

Parte do esquema funciona hoje no mesmo modus operandi da chamada “Máfia dos Concursos”, descoberta em 2005 também pela Deco na Operação Galileu.

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