Brasília – Defesa do diretor da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, apresentou à Justiça Federal do Paraná, onde tramitam parte dos processos da Lava Jato, um pedido para que o executivo passe por uma cirurgia para retirada de um melanoma (um tipo de câncer que atinge a pele).
Preso desde o último dia 14 de novembro, Fonseca é acusado de participar do esquema de corrupção da Petrobrás e foi o primeiro a admitir ter pago propina.
De acordo com a advogada, Maria Francisca Accioly, com a prisão, o executivo teve interrompido tratamento médico de melanoma e de diversas lesões atípicas em seu tronco, tendo sido indicado pelo seu oncologista, em 20 de novembro passado, a retirada destas lesões suspeitas.
“O relatório médico, instruído com exames (dermatoscopia mapeamento corporal e laudos médicos), mostram que Erton já foi acometido por um melanoma – tumor maligno, e por se tratar de uma doença agressiva, a retirada das lesões suspeitas tem caráter emergencial, já que não há previsão para sua liberdade e pronta realização da cirurgia médica“, diz Accioly.
A defesa informa ainda que a pedido de um profissional médico foi solicitada internação nesta quinta-feira para realização da cirurgia, devendo o paciente permanecer internado por pelo menos 24 horas, a fim de observar a evolução pós-operatória e o resultado dos exames a serem realizados nas lesões retiradas.
No documento, Accioly indica que a realização da cirurgia deverá ser feita no Hospital Santa Cruz, local atendido pelo plano de saúde do executivo.
“Isto posto, dada a delicada situação do acusado, requer-se autorização judicial para que a Polícia Federal faça sua remoção ao hospital indicado na manhã do dia 29/01/2015, seja autorizada sua internação hospitalar, a realização da cirurgia e a sua permanência no hospital até alta médica. Requer, ao final, por razões humanitárias, seja a esposa do acusado Erton Medeiros Fonseca, Sra. Eliane Fonseca, autorizada a ser sua acompanhante no apartamento hospitalar, bem como visita de seus familiares“, conclui a advogada.
(Agência Estado)