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Categorias: Cidades
| Em 5 anos atrás

Defesa nega envolvimento de médico em rinha de cães e diz que ele participava de game dogs

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A defesa do médico goiano Leônidas Bueno Fernandes Filho, preso suspeito de promover rinha de cães em Mairiporã (SP), afirmou, por meio de nota, que ele sequer estava no local onde os policiais flagraram o crime, mas sim numa outra área reservado para a realização de game dogs.

Game dogs seriam competições esportivas regularizadas nas quais os cães participam de atividades como natação, corrida, salto e escalando rampas, entre outras. “Lêonidas estava na chácara, mas não no local onde os agentes flagraram os atos de violência contra os cães”, disse a defesa.

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A nota também diz que o suspeito não compactua de violência, sobretudo contra animais. Por fim, a defesa diz que ainda não teve acesso ao processo, que tramita em São Paulo, e reúne provas atestar a participação do médico exclusivamente nos game dogs.

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Cremego

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O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) também divulgou nota e afirmou que confia no trabalho das autoridades judiciais e policiais para apuração dos fatos. O conselho informou que, pelo crime ter acontecido em São Paulo, somente o órgão daquele estado (Cremesp), pode instaurar investigações sobre a ética do médico.

Protestos

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Na manhã desta quinta-feira (19), várias pessoas protestaram contra o médico, no Setor Marista, em Goiânia. Os manifestantes se concentraram na frente de uma clínica, que seria vinculada a Leônidas, e pedem Justiça contra maus-tratos aos animais.

Veja a nota da defesa do médico na íntegra

Leônidas esteve na chácara para participar de uma programação de cunho esportivo, conhecida como game dogs. Nesse evento, que é legal e de acesso público, os cães participam de atividades consideradas saudáveis, como natação, subida em rampa, salto e corrida, por exemplo.

Como já veiculado no vídeo gravado pela polícia durante a ação, Leônidas reafirma que, além de participar do game dogs, aproveitou a ida a Mairiporã onde buscaria um cão, de propriedade de um amigo, que estava no local, participando da mesma competição.

No momento da ação policial, Lêonidas estava na chácara, mas não no local onde os agentes flagraram os atos de violência contra os cães.

O médico não atuou, em momento algum, na reanimação dos cães durante as disputas que motivaram a ação da polícia. A defesa está reunindo as provas para atestar que ele participou exclusivamente do game dogs.

Lêonidas não compactua com qualquer espécie de violência, sobretudo contra animais, sendo proprietário de cães da raça pitbull, dos quais cuida com todo zelo.

Os advogados que cuidam da sua defesa ainda não tiveram acesso ao teor da investigação, que tramita no estado de São Paulo. Em função do recesso forense, qualquer medida será tomada após o retorno das atividades do Poder Judiciário.

Leônidas e sua defesa aguardam o desdobramento das investigações e no momento adequado apresentarão os esclarecimentos necessários, aguardando com serenidade o desfecho do lamentável episódio.

Nota Cremego

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia qualquer forma de violência, desrespeito e agressão à vida humana e animal. Em relação à rinha de cães que era realizada no interior de São Paulo, o Cremego confia no trabalho das autoridades policiais e na Justiça e espera que as responsabilidades sejam apuradas e os envolvidos sejam punidos de acordo com a lei.

No caso do médico preso e denunciado por envolvimento em rinha de cães, o Cremego vai avaliar o fato dentro de sua competência legal. Contudo, pelo caso ter ocorrido em São Paulo, qualquer apuração, de acordo com o Código de Processo Ético-Profissional Médico, caberá ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), mesmo o médico denunciado sendo inscrito em Goiás.

O Cremego entende e se solidariza com a indignação popular diante dos maus-tratos flagrados na ação policial e espera que todos os responsáveis, independentemente de suas profissões, sejam identificados, julgados e penalizados segundo a legislação brasileira.

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Rafael Tomazeti

Jornalista