A defesa do presidente Michel Temer pediu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, responsável por inquérito que investiga o peemedebista, que suspenda seu depoimento até a conclusão da perícia da Polícia Federal no áudio gravado por Joesley Batista, dono da JBS.
Em caso de negativa, os advogados de Temer pedem a Fachin que oriente a PF a se abster de formular perguntas sobre o conteúdo da gravação. O pedido é assinado pelos advogados Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e Sérgio Eduardo de Alvarenga e foi apresentado na manhã desta quarta-feira (31).
O áudio a que a defesa do presidente se refere foi gravado por Joesley em encontro com Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu. A gravação foi utilizada pelo empresário para negociar acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Como ainda não passou por perícia oficial, tem sido alvo de questionamentos da defesa de Temer, que chegou a contratar um perito que contestou seu valor como prova judicial.
O ministro Fachin autorizou nesta terça (30) a PF a tomar depoimento de Temer por escrito. O pedido dos advogados do presidente visa reverter essa decisão.
“[Requer-se] A reconsideração de parte do despacho proferido no dia 30 de maio, para o fim de assegurar que a formulação de quesitos ao Presidente da República seja realizada apenas oportunamente, após a vinda da essencial prova pericial”, pedem os advogados.
“Na hipótese de indeferimento do pedido anterior, requer-se que Vossa Excelência, no mínimo, oriente a autoridade policial para que se abstenha de formular perguntas acerca do conteúdo de uma gravação apontada como forjada, em relação à qual foi determinada a realização de uma perícia ainda não finalizada, dada a flagrante impossibilidade de responder perguntas dessa natureza”, completam. (Folhapress)