Os advogados de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, divulgaram nota nesta quinta-feira (17) classificando como “autorização ilegal” de grampo telefônico do celular pessoal de Teixeira e do telefone central do escritório Teixeira, Martins e Advogados.
A intenção do juiz federal Sérgio Moro, para os advogados, é monitorar a estratégia de defesa do ex-presidente, o que seria um “grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa”, além de ser uma “afronta à inviolabilidade telefônica”, garantida no Estatuto do Advogado.
“Toda a conversa mantida entre advogado e cliente e a estratégia de defesa transmitida naquela oportunidade estava sendo monitorada e acompanhada por Moro e pela Polícia Federal”, afirmou Teixeira ao citar a conversa telefônica que teve com Lula em 4 de março, quando o ex-presidente foi conduzido coercitivamente para depor na Polícia Federal.
“A estratégia do juiz Sérgio Moro e dos membros da Força Tarefa Lava Jato resultou no monitoramento ilegal de 25 advogados que integram o escritório Teixeira, Martins & Advogados, fato sucedido com a também ilegal divulgação das conversas gravadas nos autos do processo, juntamente com a divulgação de outras interceptações ilegais”, diz a nota.
Essa questão será levada à Ordem dos Advogados do Brasil para que o colegiado possa intervir e se posicionais em relação “a esse grave atentado ao Estado Democrático de Direito”, finalizou Teixeira.
Com informações da Agência Brasil