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| Em 2 anos atrás

Defensores da causa ambiental lembram os 34 anos da morte do ativista e fundador do PT, Chico Mendes

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Há 34 anos atrás, no dia 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes, um dos maiores defensores da causa ambiental, ativista e fundador do Partido do Trabalhadores (PT), era assassinado em Xapuri, no Acre. A data ficou marcada e sua trajetória é relembrada até hoje, por ambientalistas, ativistas e simpatizantes da causa.

Chico Mendes ficou nacional e internacionalmente conhecido por sua luta como ativista em prol da conservação da Amazônia e defesa dos povos nativos. Começou sua carreira política nos anos 1970, indo contra a exploração dos donos de seringais que causavam repressão dos trabalhadores e danos ao meio ambiente. De modo muito atuante, ele desenvolveu ações de conscientização da floresta, em defesa dos seringueiros e contra os grileiros.

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Início na política

A militância à favor dos trabalhadores rurais e do meio ambiente, incentivaram Chico a entrar para a vida política oficialmente. Em 1977, o ativista fundou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e se elegeu pela primeira vez como vereador pelo MDB. Por conta de sua atuação, na época da ditadura, foi acusado de subversão, preso e torturado.

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Em 1880, Chico Mendes ajudou a fundar o PT e se tornou um dos principais líderes do partido no Acre. Já em 1982, fazia parte de atos organizados em favor da redemocratização da região. Lutou pela articulação dos seringueiros e criou o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), o que mais tarde se tornou referência na batalha pela demarcação das reservas extrativistas.

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Também foi um dos atuantes na criação da Aliança dos Povos da Floresta, que unia as causas dos povos indígenas, ribeirinhos e trabalhadores que viviam do que a floresta dava, como seringueiros, castanheiros e pescadores. Por meio disso, Mendes conseguiu que o Governo Federal criasse as reservas destinadas a retirada de látex e castanha-do-pará, de forma sustentável.

Prêmios e legado

A mobilização promovida por Chico rendeu prêmios internacionais que deram voz ao reconhecimento de seu trabalho, como o Prêmio Global 500 de Preservação Ambiental da ONU e a Medalha de Meio Ambiente da Better World Society.

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As denúncias de Mendes em relação a exploração ilegal da floresta resultaram em intimidação e ameaças de morte. Até que no dia 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado a tiros em sua casa, na presença da sua família, pelo grileiro Darly Alves da Silva, que foi condenado a 19 anos de prisão, em 1990.

Chico se foi, mas o legado permaneceu. Sua luta foi, e ainda é inspiração para a defesa da causa, não só no Brasil, mas no mundo. Seu nome foi eternizado em prêmios, congressos, medalhas e no instituto de conservação que carrega sua assinatura, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, criado em 2007, que ainda protege e ampara a causa ambiental.

Com informações da página Pensar História

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.