A liminar que impediu o empresário Wesley Batista Filho, do grupo JBS, de depor na CPI dos Incentivos Fiscais, nesta segunda-feira (14/10) foi uma espécie de “tiro no pé” de Wesley. Ao menos é o que considera o vice-presidente da Comissão, Humberto Aidar (MDB).
Ao sustentar seu argumento, citou a nota paga divulgada pelo Fórum Empresarial do Estado de Goiás, no Jornal O Popular, durante a semana passada em que atacavam a CPI. “Penso que essa liminar, com todo o respeito, ela foi até menos inteligente do que a nota do Fórum Empresarial na capa do Jornal O Popular atacando a CPI”, mencionou.
Segundo Aidar, a liminar será derrubada e a ida de Wesley prestar os esclarecimentos será iminente. No entanto, ficará a pergunta: “O porquê de não ir à CPI?”, indagou. “A partir de agora a cobrança será muito maior da imprensa com a presença do seu Wesley aqui na CPI.”
Concluiu dizendo que a estratégia adotada por Wesley não foi “o melhor caminho”. “Até porque foi dito aqui, nenhum empresário aqui foi execrado. Fala aqui [na liminar] da não possibilidade da condução coercitiva. Em nenhum momento, nós usamos essa possibilidade de trazer alguém ‘sob a vara’. Então, é uma decisão já tomada e temos que cumprir, mas penso que não foi a decisão mais inteligente”, pontuou.
Uma das alegações a defesa de Wesley sustentou foi que o empresário poderia ser “humilhado” pelos parlamentares. “Isso jamais aconteceu com qualquer depoente até aqui”, defendeu o deputado estadual Major Araújo (PSL) ao comentar sobre a argumentação.