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Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

Debate sobre candidatura de centro ‘parece conversa de bêbado’, diz Maia

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A falta de consenso em torno de um nome que lidere a disputa eleitoral pela centro-direita fez com que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encontrasse uma forma inusitada para definir as recentes discussões sobre o campo: “um conversa de bêbado”.

Segundo o deputado, um dos ao menos seis pré-candidatos ao Planalto que se autodenominam “de centro”, há uma discrepância na expectativa da classe política e da sociedade sobre o que é pertencer a esse grupo que quer romper com a polarização entre direita e esquerda.

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“A sociedade não enxerga o centro como nós [políticos] enxergamos, então fica uma conversa que parece meio de bêbado. A gente fala de candidato de centro e a sociedade não encontra nenhum desses que estão colocados como candidatos de centro”, afirmou Maia nesta quarta-feira (6) durante sabatina do jornal Correio Braziliense.

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Na opinião do presidente da Câmara, o “único candidato que tinha um perfil de centro” era o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que se filiou ao PSB no limite do prazo para concorrer às eleições, mas desistiu da disputa alegando “questões pessoais”.

Fora o magistrado, diz Maia, nenhum outro, nem mesmo ele, conseguiu se colocar como o nome capaz de liderar o consórcio de partidos que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff e, portanto, até julho, afirma o deputado, todos têm legitimidade para tentar se viabilizar.

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“Se houvesse uma candidatura hoje que estivesse organizando esse campo, não haveria problema de compreender que existe um nome capaz [de unir o grupo e liderar o processo], mas esse nome não apareceu. Enquanto isso não acontece, todos tentam, até julho, construir suas candidaturas”, completou o deputado.

Nesta terça (5), lideranças de partidos como PSDB, MDB, PPS, PV, PSD e PTB lançaram um manifesto para tentar evitar a fragmentação definitiva das legendas diante do protagonismo de candidaturas mais à esquerda, como a de Ciro Gomes (PDT), e à direita, como a de Jair Bolsonaro (PSL).

Inicialmente, o DEM participaria do movimento, mas Maia não gostou de ter correligionários envolvidos no processo, visto que ele é pré-candidato do partido ao Planalto e não concorda com a tese de união em torno de uma candidatura hoje. No fim, deputados como Heráclito Fortes e Mendonça Filho, ambos entusiastas do DEM, retiraram suas assinaturas do texto final.

O presidente da Câmara nega que tenha pedido para que eles retirassem as assinaturas e disse apenas que Heráclito perguntou se ele deveria participar, e que ele orientou que cada um tomasse sua decisão sozinho. (Folhapress) 

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