O ex-deputado federal Vilmar Rocha deixou a presidência do PSD após 12 anos nesta quinta-feira (1º/6) que passa a ser presidida pelo senador Vanderlan Cardoso prometendo continuar respirando os ares do partido e da política. Em um breve comunicado disse que iria “continuar o baile” por ter “gosto e vocação” e vai preparar uma candidatura para as eleições de 2016.
“Vou continuar na política. Eu gosto, tenho vocação. Vou continuar participando da política, debatendo ideias, discutindo projetos. Não preciso de mandato e nem de partido para fazer política”, completou o professor, acrescentando que, inclusive, será candidato em 2026. “A que? Não sei. Vai depender das circunstâncias, do partido, mas serei candidato e em fevereiro de 2026 eu vou anunciar a que cargo”.
Vilmar foi um dos fundadores do PSD no Brasil e o primeiro presidente do partido em Goiás. Hoje, a legenda tem a maior bancada no Senado, com 16 senadores, inclusive com o presidente Rodrigo Pacheco, e tem 43 deputados federais. Em Goiás, no último pleito, elegeu um deputado federal (Ismael Alexandrino) e dois deputados estaduais (Cairo Salim e Wilde Cambão).
Senador com mais quatro anos de mandato ainda, Vanderlan Cardoso passa agora a comandar o PSD. Segundo Vilmar, o nome do senador foi escolhido para presidir a legenda em consonância com todo o partido. “Tive várias conversas com o presidente [Gilberto] Kassab sobre esse assunto. O partido está fazendo essas mudanças em vários estados e está sendo tudo de forma bem tranquila”, garantiu. “Muitos partidos, depois das eleições gerais, fazem uma reestruturação. Recentemente o União Brasil fez isso, o PL, o MDB e agora o PSD vai fazer também. É natural”, explicou Vilmar.
Mesmo não ocupando cargo na direção estadual do PSD, Vilmar segue como membro da executiva nacional do PSD e diretor de Relações Institucionais da Fundação Espaço Democrático, órgão de estudos do partido, e garante que atuará pela forte pela legenda em Goiás e no Brasil. “O partido é muito novo e a nossa grande meta é formar um grande partido de centro e fugir dessa polarização”, destacou.
“Temos de buscar uma articulação para formar uma maioria politicamente sólida e comprometida com o país. Que apresente um projeto relevante para o Brasil”. Vale lembrar que Vilmar defendeu uma terceira via para as eleições de 2022 e foi um dos principais articuladores à época para que o PSD apresentasse um nome para a presidência. O presidente do Senado Rodrigo Pacheco foi o escolhido, mas depois desistiu da candidatura.
Em Goiás, o foco agora são as eleições municipais do ano que vem. “Já estamos trabalhando para identificar possíveis candidatos a prefeito e estimular candidaturas a vereador”, destacou. Em Goiânia, segundo ele, o partido terá candidato próprio. “Temos uma tradição de lançar candidato em Goiânia. Lançamos o Francisco Jr. em 2016 e o próprio senador Vanderlan em 2020. O PSD deve ter candidato em Goiânia em 2024, mas queremos também fortalecer o partido no interior. Eu vou continuar trabalhando e contribuindo para isso”, concluiu.