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Política
| Em 2 horas atrás

De olho nas eleições presidenciais de 2026, Caiado tece críticas a Bolsonaro e Lula

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Candidato declarado da direita para as eleições presidenciais de 2026, Ronaldo Caiado (UB) teceu críticas à postura do ex-presidente Jair Bolsonaro, principalmente durante as eleições municipais em Goiânia e chamou Lula de “apático e preguiço” em seu governo no país. Em entrevista à revista IstoÉ, o governador de Goiás afirma que o Brasil necessita de “um candidato equilibrado para unir o país”, condenando os extremos políticos que assolaram as últimas disputas ao pleito.

Ao jornalista Vasconcelo Quadros, Caiado falou sobre as revelações associadas a tentativa de golpe de estado e aos assassinatos de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, arquitetado pela extrema direita e que veio à tona na última semana, pela investigação da Polícia Federal. “Não sei para onde caminharemos a continuar uma política de extremos. Jamais imaginei uma situação como essa”, disse o governador.

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E defendeu que, se comprovada a veracidade dos fatos com as investigações, os responsáveis deverão ser responsabilizados. “Se houver veracidade, punição! É inadmissível arquitetar plano para matar em meio a golpe”, completou.

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Ainda nesse tema, relacionado ao episódio de explosões em Brasília que culminaram na morte de um simpatizante bolsonarista durante atentado, Ronaldo Caiado culpa a falta de ação do Governo Federal. “O que impressiona é que não houve uma ação do setor de inteligência. O autor dos atentados estava anunciando os ataques há dias em suas redes sociais. Mudou-se para Brasília, fez movimentos de toda ordem e a inteligência não agiu nem funcionou”, acrescentou.

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Com o cenário atual, de Bolsonaro inelegível, as ações questionáveis da extrema-direita e os deslizes do governo Lula, Caiado aproveita para se promover e crescer politicamente, já com planos para 2026. “Reforça a necessidade de termos, em 2026, uma candidatura à direita equilibrada, que possa promover a união do País e fazer o Brasil forte e respeitado de novo”, diz. Como estratégia, o governador afirma que pretende: “andar pelo País e apresentar-me como pré-candidato. Mostrar minha trajetória política, as realizações em Goiás e o que podemos fazer pelo Brasil”, ressaltou.

Rusgas com Bolsonaro

Caiado foi enfático ao falar sobre a postura do ex-presidente nas eleições municipais deste ano. Bolsonaro veio à Goiânia no segundo turno para apoiar seu candidato Fred Rodrigues (PL), que disputava o pleito contra Sandro Mabel (UB), candidato da base governista na capital. “Bolsonaro foi a Goiás três vezes no segundo turno, levando toda a entourage pra ficar lá até o dia da votação, das 8h às 17h do dia? Ele deveria ter ido para Fortaleza ou para qualquer estado onde tivesse um enfrentamento com o PT”, salientou. “Foi um gesto totalmente deselegante e desrespeitoso”, complementou.

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Se lançando como candidato da direita, indagado sobre a influência de Bolsonaro nas articulações, Caiado respondeu pontuando sobre as condutas questionáveis do líder político. “É óbvio que tem capacidade de mobilização por onde anda. Mas a função de um líder é sempre aglutinar, não dispersar suas bases e muito menos confrontar aliados. A política não aceita tutela. É necessário ter respeito aos líderes estaduais, municipais e ao mais forte no cenário nacional”, disse o governador.

Incompatibilidades com Lula

Ronaldo Caiado deu a entender que a situação atual no país também é de responsabilidade do governo Lula, que tapou os olhos para ações extremistas que colocaram o Brasil em risco. De acordo com ele, o episódio das explosões “mostra um país à devira e sem comando”. “Tenho repetido exaustivamente, inclusive disse ao próprio presidente Lula, que a falta de segurança ameaça a economia, a democracia e o futuro do Brasil. Há um avanço do crime organizado e a ausência de uma política eficaz de segurança”.

O govenador de Goiás chamou de “apatia completa” a conduta das forças de segurança federais nas ações de fiscalização que permitiram que o fato chegasse a ocorrer sem nenhuma dificuldade. “O que impressiona é que não houve uma ação do setor de inteligência”, criticou.

Ainda relacionado à segurança pública, maior motivo de foco e orgulho do governador em Goiás, Caiado falou sobre as divergências de pensamento com o governo Lula e de atritos com o presidente. “Em vez de reconhecer com humildade que os métodos de Goiás podem ser estendidos a outros estados, veio com ironia, mostrando não ter qualificação para governar. É apático, preguiçoso, não sai de Brasília nem tem noção do que ocorre no País. Está totalmente adormecido”, pontuou.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.