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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

De olho em 2018, Alckmin pede fim de rebelião do PSDB-SP contra Temer

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediu o fim da rebelião da seção paulista do PSDB contra o governo de Michel Temer (PMDB). O tucano quer o partido unido na defesa do presidente, que enfrenta grave crise política decorrente da delação da JBS no âmbito da Operação Lava Jato.

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Em jantar realizado com seis dos principais prefeitos tucanos do interior, na noite de quinta (1) no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin pediu que eles usassem sua influência para esvaziar o encontro marcado para a próxima segunda (5), no qual o Diretório Estadual do partido pretendia anunciar o rompimento com Temer. O presidente deverá encontrar o governador neste fim de semana.

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Estiveram no encontro os prefeitos de Santos, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Jundiaí e Piracicaba, além do presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, e do secretário de Governo, Samuel Moreira. O sétimo convidado, Paulo Serra (Santo André), estava viajando.

A “ordem unida” decorre da leitura de Alckmin de que, por ora, o governo Temer resiste ao vendaval de denúncias. Na avaliação do governador, há clima em Brasília inclusive para a absolvição do peeemdebista no julgamento da chapa que foi eleito como vice em 2014, o que tiraria muito da pressão sobre o Planalto.

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A orientação de Alckmin sinaliza uma mudança visando o pleito de 2018. Se há apenas uma semana ele lançou o senador Tasso Jereissati e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como “grandes nomes” para uma eventual eleição indireta que decorreria da queda de Temer, agora ele acredita que o peemedebista pode ter condições de ser manter no cargo e, principalmente, que isso lhe favorece.

Segundo o grupo de Alckmin, a realização de indiretas agora embaralharia todo o xadrez sucessório, dando uma força desproporcional ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que hoje seria favorito entre os cerca de 70% de deputados do baixo clero da Casa -que concentra 86% dos votos num Colégio Eleitoral.

Mesmo que fosse eleito vice-presidente, o DEM teria naturalmente preponderância na composição de acertos para 2018. Alckmin, que ainda alimenta pretensão de ser candidato apesar de estar sob investigação na Lava Jato, prefere replicar o acerto que mantém em São Paulo com o PSB. Avalia que as indiretas poderiam tirá-lo de vez do jogo sucessório.

A revolta paulista contra Temer segue uma linha no Congresso, onde os “cabeças-pretas”, deputados mais jovens e sem influência na cúpula, ameaçam também romper com o Planalto. A sigla trabalha com defecções a partir do julgamento no TSE, mas o movimento de Alckmin indica que haverá um trabalho para desmontar o impacto disso no curto prazo.

A partir de sua chefia, o PSDB mantém a intenção de ir com Temer até o limite de uma cassação, mas não mais. Outra linha de corte é o surgimento de algum fato novo altamente comprometedor para a defesa do presidente no inquérito que responde no Supremo Tribunal Federal.

A ordem no PSDB é esfriar o debate sucessório, dado o insucesso na articulação entre partidos aliados do Planalto em ungir um nome de consenso. FHC, por exemplo, embarca neste sábado (3) para os EUA, acompanhando à distância a crise. (Folhapress)

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