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Política
| Em 3 anos atrás

DC entra com recurso para cassar o mandato de Gabriela Rodart; Vereadora rebate

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A vereadora Gabriela Rodart que trocou o Democracia Cristã pelo PTB tem seu mandato ameaçado pela Justiça Eleitoral. É que o DC já protocolou no Tribunal Regional Eleitoral uma Ação de Decretação de Perda de Mandato Eletivo por Infidelidade Partidária. “A regra eleitoral é clara: a vaga é do partido. Ela simplesmente desfiliou do partido e foi para o PTB e o que fizemos foi requerer a vaga para o partido”, disse o presidente da legenda cristã em Goiás, Alexandre Magalhães ao Diário de Goiás.

A janela eleitoral que terminou no dia 2 de abril permitia transferências partidárias apenas entre deputados estaduais e federais. Contudo, de acordo com Magalhães, a vereadora trocou de legenda sem sequer informar a cúpula do Democracia Cristã. “[Ela] saiu sem dar satisfação e depois fiquei sabendo que ela pediu uma liminar na Justiça que foi negada pelo juiz e mesmo assim, ela saiu do partido”, pontuou. 

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O presidente alegou ter relação cordial com a vereadora e ficou sem entender o posicionamento da parlamentar que alegou sempre sofrer discriminação e desprestigio de colegas do partido. “Não entendi o posicionamento dela não. Sinceramente, eu levei um susto danado. O partido tem as mesmas bandeiras dela, é um partido cristão, conservador, os mesmos princípios. De repente somos surpreendidos com a filiação dela ao PTB.”

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Magalhães pontuou que chegou inclusive, a colocar a estrutura do partido a disposição de Rodart para pavimentar sua candidatura nas eleições do segundo semestre. “Eu me dou muito bem com ela. Estive há alguns dias atrás, ela recolhendo a contribuição do partido de livre-espontânea vontade. Ajudei ela em algumas orientações para a campanha dela de vereadora. Agora mesmo nessa pré-campanha para as eleições, coloquei o partido a disposição dela”, salientou.

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Vereadora diz que não tinha espaço em decisões partidárias e era desprestigiada

Em entrevista ao Diário de Goiás, Rodart disse que vinha sofrendo ataques desde a época de campanha em 2020. “Não saí do DC à toa, lá nós sofremos ataques de outros candidatos vinculados ao DC e o presidente do partido nunca se pronunciou a respeito disso. Não tínhamos nem espaço de participação no diretório. A gente tinha muito desprestígio porque não participávamos de nenhuma das reuniões, nenhum convite, tudo era à parte. Nós estávamos sendo isolados”, sustentou.

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Ela disse estar confiante que a Justiça Eleitoral irá permitir que ela continue com seu mandato no PTB. “O partido fez propostas imorais que correm em segredo de justiça para preservar as pessoas do partido. Então, com certeza temos materialidade, temos provas, temos testemunhas. O processo vai ser julgado e estamos confiantes, mas não só no que vai chegar na mão de homens, mas na  graça sagrada de Deus”, pontuou.

Gabriela pontuou que sequer teve garantias que sua candidatura à Câmara dos Deputados receberia suporte no DC. “Eu ouvi da boca do presidente estadual do DC que não teria possibilidade, que não teria chapa de federal para mim no partido e que, se eu quisesse vir a deputada estadual eu teria que aceitar algumas condições. Com certeza as condições incluíssem eu sair do partido, entrando com pedido de desfiliação por justa causa”, salientou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.