Iniciou-se no âmbito da Câmara dos Deputados uma batalha velada entre dois caciques: Eduardo Cunha, presidente da Casa e potencial futuro presidente do PMDB, contra Gilberto Kassab, fundador do PSD e ministro das Cidades. As bancadas já pegam suas ‘armas’ e demarcam territórios. No cerne da briga o potencial de cada partido em 2018 para se colocar como o principal aliado do PT ou até lançar candidato próprio. Kassab planeja refundar o PL e fundi-lo com o PSD, criando uma legenda tão robusta quanto o PMDB. A missão de Cunha é barrar o novo partido.
Cunha e Kassab despontam como os dois caciques que disputarão a atenção do PT para pleitear a vaga de vice-presidente na chapa das eleições de 2018.
Daí a indicação de parte da Câmara, já notória, de que esboça regra para barrar criação de novos partidos. Uma dica: Nova legenda só poderá ter mandatário após cinco anos.
A Casa Civil do Planalto, o ministro Pepe Vargas (Articulação) e o vice-presidente Michel Temer acompanham de perto, sem interferir por ora.
O tesoureiro de campanha presidencial de Dilma Rousseff, Edinho Silva, anda tão confiante de que será nomeado o novo Autoridade Pública Olímpica (APO) que já prometeu cargos a aliados de Brasília e São Paulo. E se apresenta como o futuro presidente por onde passa. Ele é apadrinhado por Aloizio Mercadante (Casa Civil).
Mas Edinho que se cuide, conta quem conhece a APO. É o CPF dele, e não o ‘CNPJ’ do Palácio, que estará na rubrica da prestação de contas ao Tribunal de Contas da União em 2017, após as Olimpíadas.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), está com os dois pés atrás. Reuniu-se com o presidente Lula (seu ex-desafeto, de quando tucano) em SP. Com ajuda de Sérgio Cabral, Paes já conseguiu barrar Marcelo Crivella (PRB) no ministério do Esporte.
O ex-senador Gim Argello (PTB-DF), que perdeu a eleição, submergiu do cenário político, mas ainda é o maior cacique político do DF nos bastidores pró-Dilma.
Citado como suposto beneficiário de propina no Petrolão, o ex-governador carioca Sérgio Cabral começa a aparecer discretamente em eventos da alta socidade.
A ida de Miriam Belchior para a direção da Caixa atende a uma equação da presidente Dilma: alguém de confiança para tocar a abertura de capital do banco (meia-privatização, na visão da oposição). Mas a primeira opção de Dilma era o ex-presidente do banco Jorge Mattoso, que disse um baita ‘não’ ao saber dos planos dela.
A equação é simpes. A economia está em recessão, o governo sem dinheiro, precisa levantar uma boa grana – como fez com a Petrobras em 2010 – e vai vender parte do bancão oficial.
Os principais proponentes do debate são PT e PCdoB, mas o cerco principal veio do ex-deputado Celso Russumano (PRB-SP). A Mesa da Câmara arquivou o PL 3981/08, de sua autoria, que criava o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Jornalismo.
A Alston se queimou em São Paulo, alvo de investigação do MP. Não emplacou o sonhado VLT em Brasília na gestão do ex-detento José Roberto Arruda. Resultado? Foi parar em Goiás, onde já vende ideia do VLT ao governo e até promessa de fábrica..
Deu na Coluna do Petta, no Jornal Pequeno de São Luís. No Natal, um maranhense encontrou na porta de loja de Miami o segurança. A ex-governador Roseana Sarney lá dentro. Tinha mais gente. Lá do caixa, ela gritou: ‘Jorge, vem passar o cartão!’.
E agora, será que o governo vai repetir o bordão ‘Vem pra Caixa você também’?
Com Equipe DF, SP e Nordeste