O ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato, será transferido para uma penitenciária comum.
A ordem é do juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância.
Cunha está detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba há quase dois meses.
Agora, ele deve se juntar ao ex-ministro José Dirceu, ao ex-deputado André Vargas, ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros presos da Lava Jato que estão no Complexo Médico Penal, em Pinhais (região metropolitana de Curitiba).
A transferência foi solicitada pela própria PF, que afirmou haver falta de espaço e, por causa da alta lotação, um “risco iminente à segurança”.
Na decisão, Moro afirmou que “o espaço físico da carceragem da Polícia Federal é limitado e destina-se precipuamente a ser local de passagem, e não de cumprimento de penas ou mesmo recolhimento em prisão cautelar”.
O Complexo Médico Penal tem uma ala destinada aos presos da Lava Jato. Com celas mais espaçosas e a possibilidade de trabalho e estudo, o local costuma ser preferido pelos investigados na operação.
É lá também que costumam ficar os investigados que não negociam delação nem são delatores. Quem faz o acordo precisa prestar depoimentos regulares à PF e ao Ministério Público, por isso, a sede da polícia é tida como mais conveniente nesses casos.
Cunha deve ser encaminhado ao CMP ainda nesta sexta (16).
Folhapress