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Categorias: Esportes
| Em 6 anos atrás

Cruzeiro vence o Santos na Vila em noite de VAR coadjuvante

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KLAUS RICHMOND
SANTOS, SP (FOLHAPRESS) – A primeira aparição oficial do sistema de árbitro de vídeo (VAR) em gramados brasileiros teve o novo recurso como um mero coadjuvante em um jogo morno entre Santos e Cruzeiro, na noite desta quarta-feira (1º), na Vila Belmiro.

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A partida válida pelas quartas de final da Copa do Brasil reservou duas equipes de rara inspiração salvas somente pelo dedo do técnico Mano Menezes. Do banco de reservas, Raniel substituiu o atacante Hernán Barcos e decidiu o confronto aos 35 minutos do segundo tempo, decretando o placar de 1 a 0 para o Cruzeiro.

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O jogo, no entanto, não forçou o árbitro Wilton Pereira Sampaio a pedir nem sequer uma vez a utilização do sistema em vídeo, empregado na última Copa do Mundo.

O momento de maior tensão ocorreu aos 11 minutos do segundo tempo. Após um cruzamento, os santistas reclamaram de um empurrão do volante Lucas Romero em Gabriel Barbosa.

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Wilton Pereira Sampaio ouviu os auxiliares de vídeo, mas optou por não paralisar a partida para conferir o lance no monitor. Na comunicação entre a sala e árbitro, confirmaram a não marcação de um pênalti sobre Gabriel. Imediatamente, o clube também reagiu por meio de sua rede social: “chama o VAR, juizão!”.

Nas arquibancadas, por sua vez, os torcedores começaram a vaiar logo após a não marcação do pênalti e passaram a fazer o sinal característico dos árbitros, indicando uma televisão para análise do lance.

Na Vila, a tecnologia funcionou de maneira diferente da forma convencional. O estádio contou com dois pontos de consulta posicionadas pouco após a linha de fundo, próximas aos locais onde são realizadas as cobranças de escanteio. A opção foi feita pela falta de espaço para a instalação do monitor no meio de campo.

Durante todo o período antes da partida, o Santos disse que não passaria informações sobre o posicionamento do trio responsável pela análise do vídeo: Bráulio Machado, Helton Nunes e Marcelo de Lima Henrique.

Eles foram escondidos em uma sala dentro do Salão de Mármore do clube, que limitou os acessos com seguranças posicionados dentro e fora do local.

O primeiro tempo ficou marcado por raras oportunidades. O goleiro Vanderlei foi o principal nome com duas defesas sequenciais, aos 33 e 34 minutos. A primeira em um chute do volante Lucas Silva e, depois, em duelo com Arrascaeta. O meio-campista uruguaio recebeu dentro da área, mas foi abafado pela saída do goleiro.

O novo Santos de Cuca, praticamente, não assustou. Apesar de demonstrar mais atitude, teve apenas uma chance com pouco perigo em finalização do volante Diego Pituca, sem dificuldades para o goleiro Fábio.

A equipe insistiu ao esgotamento em acionar o atacante Rodrygo, seu principal jogador. Aberto pelo lado direito, protagonizou alguns lances individuais no duelo com o lateral Egídio, mas também sofreu com a marcação cruzeirense. Bruno Henrique e Rodrygo ainda trocaram de lado, mas a mudança não surtiu efeito.

Cuca surpreendeu ao abdicar de um time mais criativo no papel. Desmontou a escalação de quatro atacantes, utilizada por Jair Ventura e por Serginho Chulapa nos últimos jogos, e optou pelo esquema 4-1-4-1 com a presença de três jogadores menos ofensivos: Renato, Diego Pituca e Alison.

No segundo tempo, marcado pela primeira consulta aos auxiliares de vídeo, o goleiro Fábio foi o principal nome da partida por evitar duas chances de gol em finalizações de Gabriel e de Rodrygo.

O nome do jogo, porém, foi Raniel. O atacante recebeu de Robinho próximo a entrada da área e conseguiu uma finalização improvável. Um lance isolado em meio a pouca inspiração. Raniel ainda protagonizou jogadas individuais que irritaram os santistas no final da partida.

Com a derrota, o Santos alcança a sétima partida consecutiva sem vencer. No período, o time tem quatro empates e três derrotas, a segunda consecutiva mesmo jogando na Vila.

SANTOS

Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique, Dodô; Alison, Renato (Daniel Guedes), Diego Pituca (Copete); Rodrygo, Bruno Henrique, Gabigol. T.: Cuca

CRUZEIRO

Fábio; Lucas Romero, Léo, Dedé, Egídio; Henrique, Lucas Silva, Thiago Neves (Rafinha), Robinho (Rafael Sobis), Arrascaeta; Barcos (Raniel). T.: Mano Menezes

Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP)

Juiz: Wilton Pereira Sampaio (GO)

Cartões amarelos: Henrique, Rafinha e Rafael Sóbis (Cruzeiro); Gabigol (Santos)

Gol: Raniel, aos 35min do segundo tempo

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