Já são seis jogos de invencibilidade no Campeonato Brasileiro, com quatro triunfos e dois empates. O bom desempenho nas últimas rodadas fez o Cruzeiro sair da zona do rebaixamento e alcançar a 12ª posição. Nesta quinta-feira (8), no Independência, o time celeste venceu o América-MG por 2 a 0, com gols do uruguaio Arrascaeta e do argentino Ábila.Apesar da boa fase, o Cruzeiro tem apenas dois pontos a mais do que o Figueirense, hoje o primeiro time da zona do rebaixamento.
O momento é muito bom, mas é importante ter bastante atenção. A próxima partida do Nacional, contra o Botafogo, é mais uma decisão para o time comandado por Mano Menezes.
DESTAQUE
Finalmente Arrascaeta se tornou o camisa 10 que a torcida do Cruzeiro tanto esperava. O uruguaio é um dos jogadores mais decisivos da equipe. Contra o América, não foi diferente. O meia fez o primeiro gol do jogo e depois participou de todas as principais jogadas de ataque. Teve a chance de fazer o segundo, mas o zagueiro Alison evitou o gol após o uruguaio driblar o goleiro João Ricardo. Arrascaeta ainda criou boa jogada para Ábila, que finalizou para fora, além de puxar o contra-ataque que originou o gol do companheiro argentino.
ARTILHEIRO
Nas últimas sete partidas do Cruzeiro, seja pelo Brasileiro ou pela Copa do Brasil, o atacante Ábila balançou as redes do adversário. Diante da fragilidade do América, era esperado que o argentino mantivesse a sequência de jogos com gol. No primeiro tempo, nenhuma chance para finalizar. Não saiu o gol, mas Ábila brigou pela bola para que Arrascaeta fizesse 1 a 0. Já na etapa final, após um chute para fora, Ábila mostrou que sabe se posicionar bem e recebeu a bola apenas para empurrar para o gol defendido por João Ricardo.
EM RISCO
Lanterna do Brasileiro e com uma das piores campanhas desde que a competição passou a ser disputa por pontos corridos, o América é uma equipe que não oferece muitas dificuldades para os adversários. E o Cruzeiro soube aproveitar bem disso. O time celeste deixou a bola com o rival, que não sabia muito bem o que fazer. Resultado foi uma vitória tranquila, sem sofrer nenhuma grande ameaça. Com uma postura mais segura, o Cruzeiro não criou tanto como nas rodadas anteriores, mas nem foi preciso.
PÚBLICO PEQUENO
Em 2016, o América já disputou dez clássicos com Cruzeiro e Atlético-MG. Desses, foi mandante em cinco e nenhum deles teve casa cheia. O motivo é muito simples. Para afastar os torcedores rivais, a diretoria colocou os preços dos ingressos bem acima dos valores praticados pelas outras equipes de Belo Horizonte. Com isso, o Independência ficou vazio e o América evitou o fato de jogar como ‘visitante’, mesmo dentro de casa. No clássico desta quarta-feira, os cruzeirenses pagaram R$ 80 ou R$ 120, na entrada inteira.
AMÉRICA-MGJoão Ricardo; Jonas, Alison, Sueliton e Danilo; Claudinei (Sávio), Juninho, Pablo e Diego Lopes (Ernandes); Osman e Michael (Nixon). T.: Enderson Moreira
CRUZEIRORafael; Lucas, Manoel (Léo), Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique, Ariel Cabral (Lucas Romero), Robinho (Alisson) e Arrascaeta; Rafinha e Ábila. T.: Mano Menezes
Estádio: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Igor Junio Benevenuto (MG)
Gols: Arrascaeta, aos 20 min do 1º tempo; Ábila, aos 24 min do 2º tempo
Cartões amarelos: Jonas (A), Ábila e Bruno Rodrigo (C)