O favoritismo está do lado do Atlético, que venceu o primeiro jogo por 2 a 0, no estádio Independência, e pode perder por até um gol de diferença para ficar com o título inédito. Essa vantagem nunca foi revertida em finais de Copa do Brasil. Em cinco edições, o placar de 2 a 0 na partida de ida sempre garantiu título. Belo Horizonte – Cruzeiro e Atlético Mineiro farão nesta quarta-feira, às 22 horas, no estádio do Mineirão, o jogo mais aguardado do futebol brasileiro no ano. A decisão da Copa do Brasil é cercada de muita expectativa e promete parar Belo Horizonte por reunir as duas melhores equipes do País e também por causa da rivalidade quase centenária entre os dois clubes, que pela primeira vez vão decidir um título nacional.
O favoritismo está do lado do Atlético, que venceu o primeiro jogo por 2 a 0, no estádio Independência, e pode perder por até um gol de diferença para ficar com o título inédito. Essa vantagem nunca foi revertida em finais de Copa do Brasil. Em cinco edições, o placar de 2 a 0 na partida de ida sempre garantiu título.
O Cruzeiro, no entanto, vive grande fase e chega à decisão embalado pelo tetracampeonato brasileiro, conquistado no último domingo, com duas rodadas de antecedência. A possibilidade de faturar a “Tríplice Coroa” novamente – a primeira vez foi em 2003 – também anima os cruzeirenses. O time é o único a conquistar todos os torneios dentro do País em um mesmo ano: Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
“Essa Tríplice Coroa ficará marcada nacionalmente e internacionalmente. Quem tem a Tríplice Coroa é só o Cruzeiro e o Bayern de Munique“, provocou o meia Ricardo Goulart.
Se psicologicamente o momento do Cruzeiro é melhor, fisicamente o Atlético chega mais inteiro à partida desta quarta. Com a equipe fora da disputa pelo título brasileiro, o técnico Levir Culpi resolveu poupar os titulares no fim de semana.
Descansados, os atleticanos prometem esquecer a vantagem construída na primeira partida e manter a postura ofensiva que notabilizou a equipe na temporada. “A gente sabe jogar contra o Cruzeiro. Isso está provado. Não temos de jogar com o resultado. Nossa equipe é forte e tem totais condições de sair com a vitória. Não tem de esperar. Temos de jogar para cima porque é nosso estilo de jogo”, disse o atacante Luan.
Para acirrar ainda mais o clima da decisão, as diretorias de Atlético e Cruzeiro travam uma guerra nos bastidores que promete se estender para além do jogo desta quarta. Somente às 17 horas desta terça o clube alvinegro iniciou a venda de ingressos para sua torcida. O time celeste destinou ao rival 1.813 bilhetes, que foram vendidos a R$ 500 cada. A carga de ingressos para os atleticanos foi definida pela Polícia Militar, considerando o isolamento de segurança que será feito nas arquibancadas do Mineirão.
O Atlético solicitou 10% da capacidade do estádio, ou seja, 6.217 ingressos, conforme prevê o Regulamento Geral de Competições da CBF, e agora pede que o STJD multe o Cruzeiro por descumprimento da regra. O clube alvinegro pede multa de R$ 550 para cada um dos 4.404 bilhetes a que considera ter direito e que não lhe foram entregues, o que totalizaria R$ 2,2 milhões. O jogo poderá ter a maior renda da história do futebol brasileiro, superando os R$ 15 milhões.