Categorias: Brasil

Criminalista vai ao STF para tentar suspender prisão após segunda instância

O advogado Antonio Carlos Almeida Castro, conhecido como Kakay, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma liminar (decisão provisória) para suspender a prisão após a condenação em segunda instância até que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) analise o recurso contra a condenação. O advogado criminalista defende políticos como Paulo Maluf e investigados pela Operação Lava Jato, como Edson Lobão.

O pedido foi feito em nome do IGP (Instituto de Garantias Penais), do qual ele faz parte, em uma ação que já tramita no tribunal e que está pronta para ser discutida em plenário.

Relator do caso, o ministro Marco Aurélio Mello é contra o atual entendimento do STF sobre a execução provisória da pena: que depois de uma condenação por tribunal, o juiz pode mandar o réu começar a cumprir a pena.

Para Marco Aurélio, o réu deve responder em liberdade até que não seja mais possível recorrer da condenação.

O movimento feito pelo criminalista pode provocar uma discussão sobre o tema, que pode inclusive, mudar o entendimento do Supremo sobre o assunto.

O pedido de Kakay é para que o ministro declare a inconstitucionalidade parcial do artigo 283 do CPP (Código de Processo Penal), “determinando a suspensão de execução provisória de réu cuja culpa esteja sendo questionada no Superior Tribunal de Justiça”.

Caso Marco Aurélio defira a liminar, a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, pode se ver forçada a pautar o tema no plenário, para ser debatido entre os 11 ministros.

Ainda é cedo para cravar que haverá mudança, mas, conforme antecipou a Folha de S.Paulo, essa tese de esperar uma condenação pelo STJ -ou seja, a terceira instância- ganha força nos bastidores do Supremo.

Supremo Rachado

Rachado, os ministros do Supremo têm dado decisões divergentes sobre prisão após condenação em segundo grau.

No entanto, o avanço do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) ainda em 2017 fez crescer o debate sobre um novo julgamento do tema pelo STF.

Depois da condenação de Lula, Cármen Lúcia disse a interlocutores que pautaria justamente a ação de relatoria de Marco Aurélio para ser discutida no plenário e, assim, unificar a jurisprudência do tribunal a respeito do tema.

No começo da semana, no entanto, a ministra recuou e disse que o tribunal vai se apequenar: se aproveitar a condenação do ex-presidente para rediscutir a prisão de condenados em segunda instância.

Sobre isso, Marco Aurélio disse à reportagem que não vai pressionar a presidente: “Apenas liberei o processo, cabe à presidente fazer a pauta”.

Sobre a expressão “apequenar”, o ministro se restringiu a dizer que cada qual tem sua percepção. (Folhapress)

Thais Dutra

Notícias Recentes

Rogério Cruz inicia agenda de sábado (17) com inauguração de comitê central da campanha

O candidato à reeleição como prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), inicia a agenda política…

16/08/2024

Justiça Eleitoral, em parceria com a UFG, lança aplicativo para combater fake news nas eleições

A Justiça Eleitoral, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e com o…

16/08/2024

Leandro Vilela promete asfaltar todas as ruas habitadas de Aparecida

O candidato à Prefeitura de Aparecida de Goiânia, pela base governista, Leandro Vilela (MDB), garantiu,…

16/08/2024

”Goiânia não será refém da esquerda”, diz Fred Rodrigues ao iniciar sua campanha

Nesta sexta-feira (16), primeiro dia permitido para a realização de campanha eleitoral, o ex-deputado estadual…

16/08/2024

Debate de candidatos à prefeitura de Goiânia da TV Brasil Central acontece na segunda (21); confira participantes

O segundo debate de candidatos à Prefeitura de Goiânia acontecerá na próxima segunda-feira (19), promovido…

16/08/2024

General Santos Filho comunica afastamento da GOINFRA

O presidente da GOINFRA, general Antônio Leite dos Santos Filho, reuniu os funcionários do órgão…

16/08/2024