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| Em 5 anos atrás

Crescimento da Covid-19 em Aparecida está sob controle, avalia secretário

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A curva de crescimento do contágio pelo Sars-CoV-2, causador da Covid-19, está sob controle em Aparecida de Goiânia. A avaliação é do secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás. De acordo com ele, os números, mesmo com ampliação da testagem, de 15 para cerca de 300 por semana, comprovam um grau de controle da doença na cidade.

Além disso, a taxa de ocupação de UTIs por pacientes diagnosticados com a doença reflete a baixa. Conforme Magalhães, Aparecida fechou a sexta-feira (8) com 13% de ocupação dos leitos. Nesta manhã (9), já havia sido reduzido para 4%, após alguns pacientes testarem negativo.

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Para o secretário, a estratégia de monitoramento da equipe de vigilância da SMS tem sido um dos maiores trunfos para evitar um crescimento desenfreado da doença. “Em Aparecida, temos conseguido rastrear o contato desse paciente em até 80%. Isso tem reduzido a progressão. As nossas equipes de vigilância em saúde têm agido rapidamente para evitar que aquele contaminado entre em contato com outras pessoas e as contagie também”, afirmou.

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Nesse momento, a principal preocupação é com os profissionais de saúde. Dos 88 casos confirmados na cidade, 51 são trabalhadores do setor, sendo que 23 atuam no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que afastou mais de 100 profissionais com suspeita de Covid-19. Por isso, essas pessoas têm tido prioridade no protocolo de testagem.

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“Testamos idosos, pacientes com comorbidades e profissionais de saúde e segurança com sintomas. Quando esse profissional teve contato com algum caso confirmado, fazemos a testagem independente de (existir) sintomas. Testamos quase 300 no Hospital Municipal de Aparecida e estamos testando todos os profissionais de ambulância, pois um testou positivo”, relatou Magalhães.

O secretário citou ainda que a cidade segue um modelo matemático elaborado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que apontou que, durante o pico da doença, a cidade precisaria de cerca de 63 leitos de UTI, que já foram garantidos pela gestão municipal, com a aplicação do Hospital Municipal de Aparecida (Hmap).

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Inquérito epidemiológico

Aparecida iniciou nesta semana um inquérito epidemiológico. Essa pesquisa é feita em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e testará cerca de 1,2 mil pessoas em casa. Os testes utilizados são sorológicos (IgG e IgM), que apontam resultado em 15 minutos e indicam se a pessoa já teve contato com o vírus, produzindo anticorpos. A partir desse levantamento, a prefeitura terá mais ferramentas para tomar decisões a respeito de abertura ou fechamento de estabelecimentos comerciais.

“Essa pesquisa, com modelos estatísticos, vai mostrar o cenário real de como está o contato da população com o coronavírus. Usaremos a pesquisa para balizar as próximas medidas que tomaremos em Aparecida”, afirmou Alessandro Magalhães.

A testagem em domicílio deve durar até domingo (10) ou segunda-feira (11). Segundo Magalhães, os resultados devem ser entregues pela UFG à SMS na quarta (13) ou quinta-feira (14). Ele confirma que outros três levantamentos sorológicos serão feitos no mesmo modelo, para monitorar a evolução do contágio na cidade.

Abertura do comércio

Em Aparecida, cerca de 82% dos estabelecimentos tiveram autorização para reabertura no dia 28 de abril. Apesar disso, o secretário de Saúde diz os números da Covid-19 permanecem dentro da curva estipulada pela prefeitura. Magalhães cita que, mesmo com a reabertura, mais da metade das pessoas ainda tem ficado em casa, facilitando o controle da doença.

“A velocidade de propagação, o crescimento dessa curva, tem reduzido. A abertura do comércio de forma consciente, pactuada com a sociedade, tem facilitado o cumprimento das regras sanitárias. Mesmo com a abertura, estamos conseguindo manter o isolamento”, pontuou.

Ele afirma ainda que as informações são monitoradas constantemente para balizar novas decisões. “Vamos avaliar como se comportou o cenário epidemiológico para abrir ou fechar. De antemão, digo que vamos permanecer como estamos (em relação às atividades com autorização para funcionar)”.

Veja a entrevista na íntegra

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Rafael Tomazeti

Jornalista