O BNDES tem tentado fugir da pecha de “banco das grandes corporações” e ampliar o crédito às micro, pequenas e médias empresas. Negócios de menor porte passaram a ter relevância no banco em 2017.
Nos governo do PT, a instituição foi chamada para criar as “campeãs nacionais”. Nesse modelo, grandes empresas recebiam financiamentos dos bancos com o objetivo de criar competidores brasileiros de nível internacional.
Essa realidade ainda era presente no primeiro semestre de 2017. Do total desembolsado de janeiro e junho, 65,6% foram para empresas de grande porte, com faturamento acima de R$ 300 milhões.
No consolidado do ano, porém, os desembolsos às chamadas MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) somaram R$ 29,7 bilhões.
Extinguindo o que foi emprestado ao setor de infraestrutura, formado em geral por empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões, o desembolsado às MPMEs atingiu pela primeira vez a faixa de 50% dos financiamentos do banco, segundo o diretor de Planejamento, Crédito e Tecnologia do Banco, Carlos Alexandre da Costa.
“Apesar da queda do desembolso, o banco está sólido e firme no propósito de ser, de fato, um veículo de desenvolvimento para o país, financiando iniciativas dos mais diversos setores da economia, sem preterir pequenos empresários ou escolher favoritos”, disse Costa.
O BNDES considera micro empresas aquelas com faturamento bruto anual até R$ 360 mil. Pequenas empresas são as que têm até R$ 3,6 milhões de faturamento. As médias são as que têm receita de até R$ 300 milhões. Acima desse valor figuram as grandes empresas. (Folhapress)