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Covid-19: “Se Deus quiser, não seremos atingidos pela segunda onda”, pontua Caiado ao falar sobre vacina desenvolvida pelo Butantã

Por 4 anos atrás

O dia é histórico. “A melhor notícia do ano”. “É algo que abre uma enorme expecativa, um novo caminho e novo olhar”. Foi dessa forma que o governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) definiu esta terça-feira (20/10) após a informação divulgada que o Ministério da Saúde iria comprar 46 milhões da vacina de imunização contra o coronavírus que está sendo testada em São Paulo. “Eu enxergo como sendo uma data ímpar para nós” pontuou em coletiva com os jornalistas.

Pouco antes de Caiado falar com jornalistas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciava que o governo federal assinou protocolo de intenções com a farmacêutica chinesa Sinovac que está sendo testada e desenvolvida em São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. 

Plano Nacional de Imunização 

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Segundo o ministério, o processo de aquisição ocorrerá após o imunizante ser aprovado e obter o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após isso, Caiado destacou que Pazuello garantiu um plano nacional de imunização coordenado pelo Ministério da Saúde e por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse plano de imunização será coordenado pelo Ministério da Saúde e SUS. Não será nenhum Estado que fará em detrimento do outro. O Ministério da Saúde fará o levantamento daquilo que se caracteriza faixa de risco e serão os primeiros a serem atingidos nos 27 estados e com isso acalma a população que imaginava que alguns estados pudessem estar à frente de outros, o que quebraria a regra do SUS e ao mesmo tempo de uma política vacinal no país”, ressaltou.

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Caiado aproveitou para enfatizar que como tudo será feito pelo SUS nenhum estado ficará sem a imunização por meio da vacina. “As vacinas serão 100% adquiridas pelo Ministério da Saúde que além da vacina distribuirá também as seringas, agulhas e nós faremos toda uma orientação junto às equipes que nós temos para que esses grupos de risco possam ser atendidos e vacinados. Não terá nenhum estado que terá a propriedade da vacina nem à aquisição da vacina”, pontuou.

Expectativa de imunização quase total até o fim de 2021: “Se Deus quiser, não seremos atingidos pela segunda onda” 

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Caiado ressalta que não dará para imunizar todos os aproximadamente 210 milhões de brasileiros de pronto. Mas segundo o governador, o Instituto Butantan já garantiu 100 milhões de vacinas até o mês de junho de 2021. A FioCruz um número próximo “até o final do ano [2021]”. “Você já tem de produção nacional até o fim de 2021, 210 milhões de dose”, pondera. 

Antes, o Brasil já havia firmado contrato com a AstraZeneca, responsável pela vacina de Oxford, para 100 milhões de doses, além da iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, que prevê mais 40 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19. Somadas, as três vacinas – AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac – representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021. É um marco que tranquiliza à população.

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À função dos governadores, segundo Caiado, será junto com suas secretarias de saúde trabalhar nas campanhas informativas para elucidar dúvidas, baseadas nos critérios que o Ministério da Saúde fornecerá. “Como governadores, temos que orientar à população e dizer que não há o porque ir correndo ao posto de saúde. O Ministério da Saúde vai pré-definir quais os que vão tomar a vacina”, pontua. 

O democrata atenta que num primeiro momento, as pessoas no grupo dentro de grupos de risco, isto é, idosos e comorbidades terão prioridade na fila para a vacina. Isso diminuirá muito o risco de inclusive, chegarmos a uma segunda onda. “Se Deus quiser, não seremos atingidos pela segunda onda que hoje já atinge muitos países da Europa”, comemorou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.