A plenária do Partido dos Trabalhadores (PT) que vai referendar a pré-candidatura da legenda à Prefeitura de Goiânia em 2024 está prevista para 21 de outubro, um sábado. Nesta data, a deputada federal Adriana Accorsi espera ter seu nome validado pela militância petista.
Foi o que a parlamentar reiterou em entrevista ao Diário de Goiás, na tarde desta terça-feira, 3.
Mas, apesar do desejo explícito de enfrentar a terceira tentativa de chegar à Prefeitura, nos últimos dias o nome de Adriana Accorsi voltou a circular como cotado internamente para um futuro Ministério da Segurança Pública. Uma coisa que praticamente inviabiliza a outra.
Nesta terça, novamente a “preferência” veio à tona, dessa vez em reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
A reportagem informa que o núcleo do PT dedicado às discussões sobre segurança pública defende o nome de Accorsi para o Ministério da Segurança Pública, caso ele seja recriado. Ela é delegada da Polícia Civil de Goiás, onde teve atuação de muito destaque, e é petista raiz, ou seja, sempre foi filiada ao PT.
O coordenador do Setorial de Segurança Pública do partido, Abdael Ambruster, justificou: “É uma das maiores referências dentro do PT sobre o tema e é uma mulher, o que contempla a questão de gênero”.
A criação da nova pasta viria com o desmembramento do Ministério da Justiça. Isso ocorreria provavelmente com a ida do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal. Ele é tido como obstáculo à divisão porque discorda dela.
“É uma honra ter meu nome lembrado, mas é importante dizer que não houve este convite”, esclarece Adriana Accorsi. “O único convite que tive do presidente Lula e da presidente Gleice [Hoffman, presidente do Diretório Nacional], foi para ser a candidata do PT em Goiânia”, reforçou.
A deputada deixou claro sua preferência por referendar a pré-candidatura. E brincou que só mudaria a pretensão de disputar a prefeitura nas próximas eleições, “se o presidente Lula decidisse diferente”.
Além disso, declarou ter muito respeito e admiração pelo ministro Flávio Dino. Por isso mesmo, Adriana Accorsi considera natural que o nome dele seja lembrado para ser ministro do Supremo, mesmo que esta indicação não se confirme.
“Com todo o saber jurídico dele, é natural confiar [em Flávio Dino]”, afirma, para lembrar em seguida: “Mas não há nem sinais de criação de um ministério ainda”.
Acompanhada de dirigentes sindicais da classe, a deputada manteve agenda recente com Dino. Foi tratar da previdência das mulheres que compõem as forças de segurança do país. “Ele foi muito receptivo”, reforçou.
O PT tem outras duas pré-candidaturas à prefeitura da Capital. Do deputado estadual Mauro Rubem e do ex-reitor da UFG, Edward Madureira, hoje assessor da Presidência da Finep no Ministério da Ciência e Tecnologia.
Sobre estas postulações, Adriana Accorsi deixa claro que espera “um afunilamento rápido”, ou seja, uma desistência negociada, e que ocorra antes da plenária do dia 21. Nesta hora, ela argumenta com a “orientação da Direção Nacional do PT” por seu nome.
Conforme a deputada, a integrante da Comissão Executiva Nacional do PT destacada para acompanhar o partido em Goiás, Gleide Andrade, estará em Goiânia para a plenária.