O início de dezembro trouxe ótimas notícias para quem acompanha a corrida de vacinas contra a covid-19. O Reino Unido registrou o imunizante da Pfizer, que apontou 95% de eficácia nos testes da fase 3, e avisou que começa a vacinar já na próxima semana.
Na Rússia, o prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, anunciou que a Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, será aplicada na população já neste sábado (5).
A União Europeia também estimou que a vacina da Pfizer/BioNTech terá seu registro analisado no dia 29 de dezembro. As expectativas são boas para que haja aprovação também nos demais países europeus.
Para acelerar o processo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que avalia também dar autorização para uso emergencial desta vacina e, assim, facilitar a aprovação por reguladoras nacionais de membros filiados.
A americana Moderna, cuja vacina apresentou 94,5% de eficácia nos testes da fase 3, pediu autorização para uso emergencial na Europa e nos Estados Unidos.
Brasil garante verba para comprar vacina
O Congresso aprovou na quinta-feira (3) a Medida Provisória 994/20, que abre crédito extraordinário de R$ 1,995 bilhão para compra de tecnologia e a produção de uma vacina contra a covid-19. Os recursos serão destinados para custear contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, e o laboratório AstraZeneca.
Segundo a MP, a transferência de tecnologia na formulação, envase e controle de qualidade da vacina será realizada por meio de um acordo da empresa britânica com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde. Com isso, caso a eficácia do imunobiológico seja comprovada, o Brasil deverá produzir 100 milhões de doses.
O Ministério da Saúde também divulgou o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. Estão previstas quatro fases. A primeira fase terá como prioridade trabalhadores de saúde, pessoas de 75 anos ou mais e idosos em instituições de longa permanência (como asilos), bem como povos indígenas. Na segunda fase a imunização será focada nos idosos de 60 a 74 anos. Pacientes a partir de 60 anos são considerados grupo de risco pelo risco maior da contaminação evoluir para uma morte.
Na terceira fase estarão pessoas com comorbidades, condições médicas que também favorecem um agravamento do quadro a partir da covid-19. Entre as doenças crônicas incluídas neste grupo estão as cardiopatias e doenças renais crônicas.
A quarta fase vai focar em professores, forças de segurança, trabalhadores do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade. O conjunto destes segmentos soma 109,5 milhões de pessoas, que deverão receber, cada um, duas doses. No comunicado do Ministério sobre a reunião não há informações sobre o restante da população.
Insumos da vacina chinesa chegam
Um lote de 600 litros de matéria-prima para a fabricação da CoronaVac chegou a São Paulo na manhã des quinta-feira (3). A vacina contra a covid-19 é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que tem parceria com o governo de São Paulo. No Brasil, será produzida pelo Instituto Butantan.
ão Paulo já recebeu, em 19 de novembro, 120 mil doses da CoronaVac.
“Até o final deste mês de dezembro, estaremos aqui recebendo no Aeroporto de Guarulhos mais 6 milhões de doses da vacina, totalizando 7 milhões e 120 mil doses da vacina. E no próximo mês de janeiro, até o dia 15 de janeiro, mais 40 milhões de doses da vacina. A vacina do Butantan, a vacina que salva vidas”, declarou Doria.