Os Correios vivem há alguns anos um momento de crise. Em 2015 e 2016, a empresa teve um prejuízo anual de R$ 2 bilhões. No ano passado, o prejuízo foi de R$ 1 bilhão.
Em 2017, um levantamento apontou que das 6.500 agências espalhadas pelo país, apenas 800 eram lucrativas para a empresa.
No ano passado, os Correios fizeram três PDVs (planos de demissão voluntária), com o objetivo de reduzir em mais de 11 mil pessoas o número de empregados. A empresa tinha 108 mil funcionários no Brasil, e o governo federal chegou a cogitar a privatização da empresa.
Apesar dos problemas e do aumento na insatisfação dos clientes, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), disse ontem que o governo não pretende mais privatizar os Correios durante a gestão do atual presidente, Michel Temer (MDB).
Questionado pelo site G1, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que “não faz sentido” dar prosseguimento à proposta de privatização neste momento, a poucos meses da eleição presidencial e já nas proximidades do fim do governo atual. “Deixaremos como legado uma empresa recuperada. E o debate [sobre a privatização dos Correios] vai ficar para o próximo governo”, disse.
Leia mais:
Número de queixas contra serviços dos Correios triplica