O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, o coronel Fábio Augusto Vieira, nesta terça-feira (10/01), de acordo com a Folha de São Paulo. O militar estava à frente da corporação no último domingo (08) quando bolsonaristas promoveram atos de terrorismo na sede dos 3 Poderes, em Brasília.

Fábio já havia sido afastado pelo interventor federal Ricardo Capelli. Membros do governo federal e do poder judiciário tem alegado que as forças de segurança pública do Distrito Federal foram negligentes diante das manifestações que culminaram nos atos de degradação em Brasília no domingo. Desde sexta-feira, a mensagem nos grupos bolsonaristas do WhatsApp e Telegram era de que a ideia dos terroristas era “tomar o poder”.

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Bolsonaristas citavam como exemplo e queriam repetir o que aconteceu em Sri Lanka, quando uma multidão invadiu a sede do poder, em julho de 2022 no que foi citado em grupos bolsonaristas como a “tomada de poder” provocando a renúncia do primeiro-ministro e do presidente do país. 

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Diante do comportamento prévio dos manifestantes que já estavam em Brasília e daqueles que começaram a chegar a partir de sexta-feira, a percepção foi de que a segurança pública do Distrito Federal agiu com leniência e foram negligentes.

Enquanto os terroristas quebravam a sede dos 3 Poderes, agentes da segurança pública que fizeram a escolta dos bolsonaristas a Esplanada dos Ministérios, estavam tomando água de coco e nada fizeram para impedir que o desastre avançasse.

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As forças de segurança começaram a atuar apenas após o presidente Lula (PT) decretar intervenção federal, quando a tragédia já havia avançado. Ontem (09), durante a reunião entre governadores e o petista, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP) havia dito que o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) foi ‘mal informado’ e saiu em defesa do chefe do executivo. 

Rocha, ainda antes do caos começar, no domingo cedo, permitiu o acesso aos manifestantes à Esplanada dos Ministérios, desde que o ato – que tinha mensagem antidemocrática ao contestar o resultado das eleições e pedir intervenção federal – fosse pacífico.

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